Valter Campanato/Agência Brasil
Recorde de empregos, aumento do PIB e maioria da população volta a ser classe média
Publicado em 08 de janeiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se
No ano passado o Brasil deu continuidade à sua recuperação econômica com recordes de geração de empregos tanto formais como informais, aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e maior distribuição de renda, apesar do país continuar a ser um dos mais desiguais socialmente. O resultado é que após quase uma década, em 2024 o Brasil voltou a ser considerado um país de classe média, segundo levantamento da Tendências Consultoria. O estudo revelou que 50,1% dos domicílios brasileiros pertencem às classes C, B ou A, com renda familiar acima de R$ 3,4 mil mensal.
O país não alcançava essa marca desde 2015 (ano em que antecedeu o golpe contra a ex-presidenta Dilma) quando o percentual de famílias pertencentes à classe média chegou a 51%. Entre os brasileiros das classes C e B o trabalho é a principal fonte de renda familiar.
No último ano, a renda das famílias da classe C aumentou 9,5%. Já na classe B, grupo com rendimentos entre R$ 8,1 mil e R$ 25 mil, a renda familiar cresceu 8,7%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as famílias de classe média no Brasil são aquelas com renda domiciliar per capita entre R$ 1.926 e R$ 8.303 por mês. Essa faixa de renda leva em consideração o ganho por pessoa dentro de um domicílio, o que significa que famílias com mais integrantes podem precisar de uma renda maior para se enquadrarem nessa definição de classe média. Por exemplo, uma família com quatro pessoas que tenha uma renda total de R$ 7.700 não seria considerada de classe média, já que o valor per capita seria de R$ 1.925, abaixo do limite inferior.
O mercado de trabalho se fortaleceu entre 2023 e 2024, nesse período foram criadas 3,6 milhões de vagas empregos formais. Somente em 2024 a taxa de desemprego bateu recorde histórico de 6,1%, o menor da série histórica medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a PNAD Contínua, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de trabalhadores chegou a 103,9 milhões, um recorde histórico.
A volta da política de valorização do salário mínimo que reajuste o valor acima da inflação também ajudou a recompor a renda dos brasileiros. Este ano o salário mínimo subiu de R$ 1.412,00 para R$ 1,518,00- reajuste de 7,5%.