Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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Recuperação no nível de emprego surpreende no estado


Publicado em 09 de novembro de 2020
Por Jornal Do Dia


Breno Barreto, presidente da CDL

 

Depois de oito meses 
de plena recessão 
econômica, social e empregatícia provocada pela pandemia do novo coronavírus, um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostra que, apesar de tímida, a escala de cenário, em especial na geração de novas vagas de emprego, começa a apresentar mudanças positivas. Se no último mês de agosto o índice de desemprego no Brasil alcançou a casa dos 13,7% – a mais alta das últimas duas décadas -, nesse segundo semestre de 2020, em Aracaju, foram criados 2.445 empregos nas micro e pequenas empresas. O setor compreende que a evolução é lenta, mas capaz de demonstrar produzir boas perspectivas ainda para este fim de ano. 
A resposta para essa estimativa está diretamente ligada ao conjunto de festividades e liquidações as quais devem contribuir para impulsionar a oferta de vagas de trabalho, mesmo que inicialmente temporários. Na concepção do setor comercial – um dos cinco mais geradores de emprego do estado de Sergipe -, a ‘Black Friday’, comemorada na última sexta-feira de novembro, as confraternizações entre amigos, colegas de trabalhos e vizinhos, bem como as históricas festas de Natal e réveillon, devem contribuir para que esses planos empresariais se concretizem, e abrace trabalhadores que estão desocupados há meses ou anos. Em decorrência da pandemia que travou o planeta, muitos sergipanos prestes a ser reinserido no mercado de trabalho tiveram que amargar uma nova espera. 
Esse é o caso do letrista Maurício de Azevedo. Com especialização em cartazes de supermercado, ele conversou nesta sexta-feira (07) com o JORNAL DO DIA e afirmou que no dia 10 de março deste ano chegou a apresentar os documentos necessários para ser admitido, mas logo em seguida foi informado da necessidade de espera. "Estava desesperado, fazendo alguns bicos, mas bem longe daquilo que eu sei qual é o meu potencial. Aracaju está cheio de grandes redes de supermercado, mas a ocupação de letrista não segue o mesmo ritmo de avanço, por isso, quando surgiu a vaga e a minha escolha, fizemos uma reunião em família para agradecer. O que a gente não esperava era que uma nova pancada viria logo depois", relatou. 
Maurício foi um dos 1.525 trabalhadores reinseridos no mercado empregatício, somente no mês de setembro. "Por curiosidade não foi no supermercado reconhecido nacionalmente, e que pegou meu currículo, mas foi indicação dele. Essas redes de supermercado possuem um diálogo fértil que compartilham informações, e no meio delas estava a minha indicação, Glória a Deus", completou. Ainda no campo das micro e pequenas empresas, o analista técnico do Sebrae, Raphael Matos, reconhece que esse tipo de avanço está mais rápido se comparado com as médias e grandes empresas. Sem mensurar a disparidade entre as crises, ele reconhece que situações semelhantes já foram enfrentadas entre os anos de 2010 e 2019. 
 "Os números mostram que a recuperação nos pequenos negócios tem ocorrido de maneira mais rápida que a verificada nas médias e grandes empresas. Esse é um fenômeno que já ocorreu em outros períodos de crise e se repete agora. A tendência, pelo menos pelos próximos dois meses, é que esse cenário de retomada continue, já que tradicionalmente o período de outubro e novembro é marcado por novas contratações", avaliou. Uma concepção compartilhada pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL), Breno Barreto. Para o empresário, a perspectiva de crescimento de 7% a 9% nas vendas, neste fim de ano, vai refletir na retomada do emprego na capital sergipana. 
Confirmando os indicativos de evolução, o comércio em Sergipe empossa a figura de protagonismo na geração de empregos, conforme resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o qual em setembro apontou o comercio como sendo o quarto setor que mais empregou. "Todos nós esperamos que o setor tenha um final de ano bastante positivo, que é o que se aponta os levantamentos recém realizados. Diante dessa nova expectativa algumas, é natural que algumas atividades também deverão empregar mais; até a própria logística deverá ter esse cunho. Estamos vivenciando a pior crise do tempo moderno, mas iremos vencer, da mesma forma que vencemos outras, mesmo que com perfil menos impactantes", declarou Breno Barreto. 
Mesmo sem festas de réveillon, pré-carnavais, e o próprio carnaval, o comércio acredita que o primeiro trimestre deve permanecer contabilizando avanços percentuais nas vendas, que garantem a geração de novos empregos, movimento econômico e novo balão de oxigênio para as empresas. Para o consultor empresarial, Reginaldo Dinart, a mesma realidade enfrentada em Aracaju, é registrada e monitorada em outros polos regionais dentro ou fora da região metropolitana da capital. Ele reconhece que estamos vivenciando um momento atípico, mas opta por destacar que a união de todos os setores – incluindo gestões públicas e centrais sindicais – é essencial para que a crise seja vencida com maior brevidade. 
 "Logo no início de ano tem aquele período de trocas de presentes nas lojas, o que sempre acaba resultando em novas vendas; sem carnaval nos grandes polos culturais do país, milhares de sergipanos permanecerão por aqui, indo para o nosso litoral ou mesmo nas grandes cidades como Aracaju, Socorro, Barra dos Coqueiros e Itabaiana. Acreditamos que o início de 2021 será muito melhor se comparado ao ano trágico em que ainda estamos vivenciando", afirmou. Questionado sobre o ritmo da geração de emprego, o especialista reforçou que a importância está na continuidade da criação dos novos postos de trabalho e manutenção deles, e, não, no seu fluxo percentual propriamente dito:
 "A partir do momento em que a gente deixa de se deparar com redução do emprego, e passa a observar nem que seja 0,5% de aumento das carteiras assinadas, isso já pode ser considerado amplamente positivo para o que enfrentamos esse ano. É evidente que o desejo geral era de crescimento acima dos 10, 20, 30%, mas repito, vamos com calma; vamos comemorar cada milímetro de avanço. 2021 será um ano mais positivo para todos nós, a humanidade precisa". 

Depois de oito meses  de plena recessão  econômica, social e empregatícia provocada pela pandemia do novo coronavírus, um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostra que, apesar de tímida, a escala de cenário, em especial na geração de novas vagas de emprego, começa a apresentar mudanças positivas. Se no último mês de agosto o índice de desemprego no Brasil alcançou a casa dos 13,7% – a mais alta das últimas duas décadas -, nesse segundo semestre de 2020, em Aracaju, foram criados 2.445 empregos nas micro e pequenas empresas. O setor compreende que a evolução é lenta, mas capaz de demonstrar produzir boas perspectivas ainda para este fim de ano. 
A resposta para essa estimativa está diretamente ligada ao conjunto de festividades e liquidações as quais devem contribuir para impulsionar a oferta de vagas de trabalho, mesmo que inicialmente temporários. Na concepção do setor comercial – um dos cinco mais geradores de emprego do estado de Sergipe -, a ‘Black Friday’, comemorada na última sexta-feira de novembro, as confraternizações entre amigos, colegas de trabalhos e vizinhos, bem como as históricas festas de Natal e réveillon, devem contribuir para que esses planos empresariais se concretizem, e abrace trabalhadores que estão desocupados há meses ou anos. Em decorrência da pandemia que travou o planeta, muitos sergipanos prestes a ser reinserido no mercado de trabalho tiveram que amargar uma nova espera. 
Esse é o caso do letrista Maurício de Azevedo. Com especialização em cartazes de supermercado, ele conversou nesta sexta-feira (07) com o JORNAL DO DIA e afirmou que no dia 10 de março deste ano chegou a apresentar os documentos necessários para ser admitido, mas logo em seguida foi informado da necessidade de espera. "Estava desesperado, fazendo alguns bicos, mas bem longe daquilo que eu sei qual é o meu potencial. Aracaju está cheio de grandes redes de supermercado, mas a ocupação de letrista não segue o mesmo ritmo de avanço, por isso, quando surgiu a vaga e a minha escolha, fizemos uma reunião em família para agradecer. O que a gente não esperava era que uma nova pancada viria logo depois", relatou. 
Maurício foi um dos 1.525 trabalhadores reinseridos no mercado empregatício, somente no mês de setembro. "Por curiosidade não foi no supermercado reconhecido nacionalmente, e que pegou meu currículo, mas foi indicação dele. Essas redes de supermercado possuem um diálogo fértil que compartilham informações, e no meio delas estava a minha indicação, Glória a Deus", completou. Ainda no campo das micro e pequenas empresas, o analista técnico do Sebrae, Raphael Matos, reconhece que esse tipo de avanço está mais rápido se comparado com as médias e grandes empresas. Sem mensurar a disparidade entre as crises, ele reconhece que situações semelhantes já foram enfrentadas entre os anos de 2010 e 2019. 
 "Os números mostram que a recuperação nos pequenos negócios tem ocorrido de maneira mais rápida que a verificada nas médias e grandes empresas. Esse é um fenômeno que já ocorreu em outros períodos de crise e se repete agora. A tendência, pelo menos pelos próximos dois meses, é que esse cenário de retomada continue, já que tradicionalmente o período de outubro e novembro é marcado por novas contratações", avaliou. Uma concepção compartilhada pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL), Breno Barreto. Para o empresário, a perspectiva de crescimento de 7% a 9% nas vendas, neste fim de ano, vai refletir na retomada do emprego na capital sergipana. 
Confirmando os indicativos de evolução, o comércio em Sergipe empossa a figura de protagonismo na geração de empregos, conforme resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o qual em setembro apontou o comercio como sendo o quarto setor que mais empregou. "Todos nós esperamos que o setor tenha um final de ano bastante positivo, que é o que se aponta os levantamentos recém realizados. Diante dessa nova expectativa algumas, é natural que algumas atividades também deverão empregar mais; até a própria logística deverá ter esse cunho. Estamos vivenciando a pior crise do tempo moderno, mas iremos vencer, da mesma forma que vencemos outras, mesmo que com perfil menos impactantes", declarou Breno Barreto. 
Mesmo sem festas de réveillon, pré-carnavais, e o próprio carnaval, o comércio acredita que o primeiro trimestre deve permanecer contabilizando avanços percentuais nas vendas, que garantem a geração de novos empregos, movimento econômico e novo balão de oxigênio para as empresas. Para o consultor empresarial, Reginaldo Dinart, a mesma realidade enfrentada em Aracaju, é registrada e monitorada em outros polos regionais dentro ou fora da região metropolitana da capital. Ele reconhece que estamos vivenciando um momento atípico, mas opta por destacar que a união de todos os setores – incluindo gestões públicas e centrais sindicais – é essencial para que a crise seja vencida com maior brevidade. 
 "Logo no início de ano tem aquele período de trocas de presentes nas lojas, o que sempre acaba resultando em novas vendas; sem carnaval nos grandes polos culturais do país, milhares de sergipanos permanecerão por aqui, indo para o nosso litoral ou mesmo nas grandes cidades como Aracaju, Socorro, Barra dos Coqueiros e Itabaiana. Acreditamos que o início de 2021 será muito melhor se comparado ao ano trágico em que ainda estamos vivenciando", afirmou. Questionado sobre o ritmo da geração de emprego, o especialista reforçou que a importância está na continuidade da criação dos novos postos de trabalho e manutenção deles, e, não, no seu fluxo percentual propriamente dito:
 "A partir do momento em que a gente deixa de se deparar com redução do emprego, e passa a observar nem que seja 0,5% de aumento das carteiras assinadas, isso já pode ser considerado amplamente positivo para o que enfrentamos esse ano. É evidente que o desejo geral era de crescimento acima dos 10, 20, 30%, mas repito, vamos com calma; vamos comemorar cada milímetro de avanço. 2021 será um ano mais positivo para todos nós, a humanidade precisa". 

 

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