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Regras de trânsito


Publicado em 04 de junho de 2019
Por Jornal Do Dia


 

Desregulamentar, precarizar, cor
tar. Todas as medidas tomadas 
por Jair Bolsonaro ao longo dos quase seis meses transcorridos desde a sua posse na presidência da República investem de alguma forma contra as normas estabelecidas legalmente. O presidente é um demolidor. Em lugar dos tótens do esquerdismo supostamente enraizados no estamento burocrático brasileiro, contudo, resta o vácuo. Bolsonaro não constrói nada.
Ontem, o presidente fez um gesto teatral de aproximação com o Congresso Nacional e compareceu à Câmara dos Deputados com uma proposta estapafúrdia de atualização do Código de Trânsito Brasileiro. Nas entrelinhas do documento, é possível ler a intenção mal disfarçada de afrouxar a norma, até o limite do caos.
Senão, vejamos. O texto propõe mudanças como o fim da exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais. Também retira dos departamentos de Trânsito (Detrans) a exigência de credenciar clínicas para a emissão do atestado de saúde exigido para renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o próprio presidente da República, "qualquer médico" poderá conceder esse laudo. Outro ponto da proposta altera, de 20 para 40, o limite máximo de pontos que um motorista pode acumular, em até 12 meses, sem perder a licença para dirigir. E por aí vai.
As mortes derivadas de acidentes de trânsito no Brasil cresceram na mesma proporção da frota de veículos, ao longo dos últimos anos, com a velocidade de uma epidemia. Mas o presidente acha pouco. Se depender de Bolsonaro, as precárias estradas do País podem ficar ainda mais perigosas, à mercê de motoristas irresponsáveis, sem nenhum apreço pela própria vida e a dos outros.

Desregulamentar, precarizar, cor tar. Todas as medidas tomadas  por Jair Bolsonaro ao longo dos quase seis meses transcorridos desde a sua posse na presidência da República investem de alguma forma contra as normas estabelecidas legalmente. O presidente é um demolidor. Em lugar dos tótens do esquerdismo supostamente enraizados no estamento burocrático brasileiro, contudo, resta o vácuo. Bolsonaro não constrói nada.
Ontem, o presidente fez um gesto teatral de aproximação com o Congresso Nacional e compareceu à Câmara dos Deputados com uma proposta estapafúrdia de atualização do Código de Trânsito Brasileiro. Nas entrelinhas do documento, é possível ler a intenção mal disfarçada de afrouxar a norma, até o limite do caos.
Senão, vejamos. O texto propõe mudanças como o fim da exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais. Também retira dos departamentos de Trânsito (Detrans) a exigência de credenciar clínicas para a emissão do atestado de saúde exigido para renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o próprio presidente da República, "qualquer médico" poderá conceder esse laudo. Outro ponto da proposta altera, de 20 para 40, o limite máximo de pontos que um motorista pode acumular, em até 12 meses, sem perder a licença para dirigir. E por aí vai.
As mortes derivadas de acidentes de trânsito no Brasil cresceram na mesma proporção da frota de veículos, ao longo dos últimos anos, com a velocidade de uma epidemia. Mas o presidente acha pouco. Se depender de Bolsonaro, as precárias estradas do País podem ficar ainda mais perigosas, à mercê de motoristas irresponsáveis, sem nenhum apreço pela própria vida e a dos outros.

 

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