Domingo, 06 De Abril De 2025
       
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Relatório Anual do FMI – 2024


Publicado em 05 de outubro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Apresentarei neste artigo algumas informações que constam no Relatório Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 2024, na perspectiva de divulgação de informações relevantes do futuro da economia mundial.
O relatório é um documento de 94 páginas e relembra de forma assertiva nas páginas iniciais que este ano marca o 80º aniversário da criação do FMI. Na visão da entidade internacional, trata-se de um momento oportuno para mirar tanto o passado como o futuro, com o intuito de reconhecer a notável resiliência da economia mundial após os sucessivos choques dos últimos anos, mas também de discutir como o FMI e os países membros podem aproveitar essa resiliência para ampliar a prosperidade compartilhada. Neste sentido o relatório é apresentado com o seguinte título: “Resiliência Diante da Mudança”.
Na apresentação do relatório são apresentados dois desafios, a saber: o primeiro – proteger a estabilidade macroeconômica de novos choques geopolíticos, de ajustes fiscais disruptivos e da tarefa de trazer a inflação de volta às metas. Pois segundo o FMI, as populações que continuam a conviver com o legado de crises sucessivas necessitarão de assistência constante, assim como os países de baixa renda que sofreram as maiores sequelas; o segundo é aproveitar a resiliência da economia mundial para enfrentar e adotar desdobramentos transformadores que exigem uma ação coletiva: destacando-se as mudanças climáticas, a digitalização e a revolução da inteligência artificial. Para o FMI, essas transformações exigirão cooperação multilateral para mitigar os riscos e maximizar as oportunidades.
Da mensagem da Diretora Geral do FMI, Kristalina Georgieva, destaco o seguinte trecho: “A complexa conjuntura mundial torna esse trabalho particularmente vital. No início deste ano, tive a honra de ser convidada pela Diretoria Executiva para cumprir um segundo mandato como Diretora-Geral. Ao aceitar, disse que estava determinada a assegurar que o FMI fosse ainda mais inclusivo, eficaz e sensível às necessidades dos países membros, e continuasse dedicado a ajudá-los a fazer face aos desafios que enfrentam. É com toda a convicção que, mais uma vez, me comprometo com essa tarefa.”
A fala acima da Diretora Geral é inspiradora e pode ser um guia para que os países membros busquem internamente em seus territórios, ações que viabilizem a superação dos desafios apontados.
O FMI tem a sua sede na cidade de Washington – Estados Unidos e escritórios regionais em todo o mundo para promover o seu alcance global e estreitar os laços com os países membros. A entidade internacional tem três funções básicas: supervisão econômica (prestar assessoria aos países membros sobre a adoção de políticas para alcançar a estabilidade macroeconômica, acelerar o crescimento econômico e aliviar a pobreza); concessão de empréstimos (disponibilizar financiamento aos países membros para ajudá-los a resolver problemas do balanço de pagamentos, como a escassez de divisas que ocorre quando os pagamentos externos superam as receitas em moeda estrangeira); e desenvolvimento das capacidades (apoiar o desenvolvimento das capacidades por meio da assistência técnica e formação, quando solicitado, para ajudar os países membros a fortalecer as suas instituições econômicas para formular e implementar políticas econômicas sólidas).
Nestas três funções os países membros devem buscar maximizar o seu vínculo visando um adequado controle da inflação e um consistente crescimento econômico.
Do ponto de vista de sumário, o relatório do FMI de 2024 está dividido em três partes, a saber; Parte I – EM FOCO – Apresentando os seguintes capítulos: Sustentar a recuperação (Após anos de sucessivos choques, como as economias podem se tornar mais resistentes a futuras perturbações?) Um FMI para o Futuro (O que o FMI tem feito para atender às necessidades atuais e futuras dos países membros?)Uma revisão dos empréstimos e da dívida (Como o FMI está adaptando os seus empréstimos e ajustando a sua abordagem da dívida para torná-los o mais eficazes e adequados possível?) Grande incerteza e o desconhecido (Que medidas podem ajudar a nos prepararmos para as forças transformadoras que estão surgindo?); PARTE II – O QUE FAZEMOS  e PARTE III – QUEM SOMOS.
Destaco que na composição da Diretoria Executiva do FMI, temos um brasileiro, trata-se do Economista Afonso S. Bevilaqua.
Do ponto de vista de cenário, o relatório do FMI aponta que as prioridades em termos de políticas são reconstruir as reservas, reanimar o crescimento de médio prazo e zelar para que as políticas do FMI, as suas ferramentas de empréstimo e a sua governança sejam apropriadas para um mundo em transformação.  Uma notícia animadora é a de que a inflação mundial deve recuar de forma constante, com as economias avançadas voltando às suas metas de inflação mais cedo do que as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento. Porém, a entidade alerta que a plena restauração da estabilidade de preços ainda não está garantida e os bancos centrais terão de equilibrar cuidadosamente o risco de uma flexibilização prematura com o de uma demora excessiva. A dinâmica variável da inflação exige abordagens específicas para cada país. É neste quesito que entendo que o Brasil deve pontuar a sua atuação de não perder o equilíbrio de uma inflação que atualmente está no patamar de 4,24% (últimos 12 meses).
Um alerta trazido é o de que o crescimento de médio prazo deve permanecer baixo e de acordo com as projeções do FMI, o crescimento mundial deve ser de 3,1% em 2029 – uma das menores previsões quinquenais em décadas.
Este é meu principal ponto de atenção para que o Brasil consiga perceber esta sinalização e permaneça na sua trajetória evolutiva que do ponto de vista macroeconômico, cuja nossa atual situação é a seguinte: temos uma Taxa de Juros (Selic) em 10,75%; uma taxa de desocupação de 6,9% e um PIB com crescimento de 2,5% no acumulado dos 4 últimos trimestres. Por isso que julgo importante conhecermos este relatório anual do FMI.
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