Domingo, 06 De Abril De 2025
       
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Riscos de poluição do Ar


Publicado em 31 de agosto de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Saumíneo Nascimento
saumineon@gmail.com

 

Discutir a situação ambiental do mundo é imperioso, independente das ocorrências recentes no Brasil, que levaram poluição e fumaça para várias cidades do país, decorrente de possíveis ações criminosas nos incêndios que se intensificaram nos últimos dias, incluindo dois no estado de São Paulo, que concentrou mais de 30% dos focos de calor registrados em território nacional nos dias (23/8) e (24/8), segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Para conhecermos a situação ambiental no mundo é necessário conhecer o trabalho desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) que é a principal autoridade global em meio ambiente.
O PNUMA foi fundado em 1972 após uma resolução da Assembleia Geral da ONU e foi concebido para monitorar o estado do meio ambiente e coordenar respostas aos maiores desafios ambientais do mundo. A criação do PNUMA ocorreu logo após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia, uma reunião que colocou o meio ambiente na agenda global pela primeira vez, articulando sua ligação com o bem-estar humano e o crescimento econômico.
Dessa forma, a missão do PNUMA é inspirar, informar e capacitar nações e povos a melhorarem sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.
Com sede em Nairóbi, Quênia, o PNUMA é uma organização global com mais de 2.000 funcionários trabalhando em sete escritórios regionais e 18 escritórios de país ao redor do mundo. Nairóbi é a única sede da ONU no Sul Global.
De acordo com o PNUMA, atualmente, 92,2% (6.936.535.941pessoas) da população global está enfrentando uma qualidade do ar ambiente que não atende à diretriz anual de PM2,5 da Organização Mundial da Saúde (OMS) e isto é muito preocupante não somente do ponto de vista da saúde, mas do ponto de vista da nossa sustentabilidade econômica e social.
O PNUMA aponta que a faixa etária de 20 a 39 anos é atualmente a mais afetada pela poluição do ar.
Precisamos de um olhar mais crítico sobre a situação ambiental do nosso planeta, mesmo que por mais de 50 anos, o PNUMA tenha trabalhado com governos, sociedade civil, setor privado e entidades da Organização das Nações Unidas (ONU) para enfrentar os desafios ambientais mais urgentes da humanidade – desde a restauração da camada de ozônio até a proteção dos mares do mundo e a promoção de uma economia verde e inclusiva, ainda persistem e temos muitos problemas ambientais a serem mitigados.
Temos três ocorrências fortes que são pautadas na mídia mundial e devemos cuidar: mudanças climáticas, perda de natureza e biodiversidade e poluição.
A realidade é que os países precisam desenvolver em caráter de urgência, um plano de trabalho que seja capaz de construir a transição para economias de baixo carbono e eficiência de recursos, fortalecendo a governança e a legislação ambiental, protegendo ecossistemas e fornecendo dados baseados em evidências para informar decisões políticas, viabilizando que possamos viver e, harmonia com a natureza.
O Brasil que sentiu em boa parte de seu território, o terror de uma inadequada qualidade do ar, entende que o desafio global da qualidade do ar abrange uma ampla variedade de escalas em termos espaciais e temporais, bem como no contexto dos atores envolvidos.
Dados do PNUD apontam que ao redor do mundo, 7 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa da poluição do ar; sendo 650.000 delas crianças. Os desdobramentos destas mortes são os seguintes: 43% de mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica, 24% de mortes por doença cardíaca isquêmica, 25% por acidente vascular cerebral e 29% de mortes por câncer de pulmão. Registre-se que no mundo, 9 de cada 10 pessoas respiram ar poluído.
Além disso, os poluentes do ar não afetam apenas nossa saúde, eles também afetam os ecossistemas e a produção de alimentos; a poluição do ar também está ligada às mudanças climáticas. Dessa forma, cabe a cada um de nós e não somente aos governos desenvolvermos ações globais, regionais e nacionais para a redução da poluição do ar.
Existe no PNUMA um Sistema Global de Monitoramento Ambiental do Ar (GEMS Air) que auxilia os países a fornecerem dados de qualidade garantida para manter o estado da qualidade do ar mundial.
Ressalte-se que a poluição do ar é o resultado de emissões de gases e partículas, e das reações químicas que elas têm na atmosfera e podem ser causadas por fontes naturais como erupções vulcânicas, borrifos do mar e raios. Mas a maioria é causada por cinco tipos de atividade humana: casa, indústria, transporte, agricultura e resíduos.
De acordo com o PNUD, com relação à saúde, existem dois tipos de poluição que são particularmente perigosos: material particulado fino (PM 2,5 ) e ozônio troposférico . Invisível a olho nu e presente tanto em ambientes internos quanto externos, o PM 2,5 penetra nos pulmões e permite que compostos tóxicos entrem na corrente sanguínea.
Pelo apresentado fica evidenciado que este tema deve fazer parte da pauta cotidiana da sociedade para buscarmos uma melhor qualidade de vida no planeta.

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