Terça, 21 De Janeiro De 2025
       
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Rodoviários fazem greve sem aviso e deixam população sem transporte coletivo


Publicado em 20 de fevereiro de 2021
Por Jornal Do Dia


O protesto dos rodoviários pegou DE SURPRESA os passageiros que ficaram sem transporte coletivo

MOTORISTAS E COBRADORES DE ÔNIBUS INICIARAM UM PROTESTO LOGO APÓS A ASSEMBLEIA QUE DEFINIU POR UMA PARALISAÇÃO EM 1º DE MARÇO; ALGUNS ÔNIBUS FORAM DEPREDADOS E O TRÂNSITO INTERROMPIDO

 

Milton Alves Júnior 
Menos de 24h após 
anunciar assembleia 
geral e ameaçar suspender o sistema de transporte coletivo por tempo indeterminado na região metropolitana de Aracaju, grupos de trabalhadores rodoviários promoveram um ato público na Avenida Barão de Maruim, na região central da capital sergipana. Orquestrado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra), o movimento reivindica a volta imediata dos cobradores – os quais ao longo dos últimos anos foram retirados de parte dos ônibus -, o restabelecimento do ticket alimentação que foi cortado no ano passado, além da regularização de pagamento dos salários atrasados por parte das empresas que operacionalizam o sistema. Diante do caos, agentes da Polícia Militar e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) foram encaminhados para o local. 
Em diálogo com o JORNAL DO DIA, o presidente do Sinttra, Miguel Belarmino, já havia destacado o alto limite de paciência atingido pela classe trabalhadora junto a todas as empresas diretamente ligadas ao Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros da capital (Setransp). Na oportunidade, o representante sindical enalteceu ainda a ameaça diária em que os motoristas e cobradores estão enfrentando quanto ao possível corte do plano de saúde. Já na manhã de ontem, convicto do caos instaurado após os trabalhadores terem estacionado dezenas de ônibus em via expressa, Belarmino destacou o ato como democrático, de indiscutível necessidade e com amplo apoio popular. 
 "Eu disse a vocês [do JORNAL DO DIA] que a paciência dos pais e mães de famílias já haviam chegado ao limite. Por diversas vezes tentamos conversar com o pessoal do Setransp sobre as nossas reivindicações e nenhum destes pedidos foram atendidos. Estamos em meio a uma bola de neve de problemas, onde trabalhador vai para a rua inconformado com o descaso, e, o cidadão usuário do transporte, não admite o preço da passagem que é uma outra briga generalizada. Essa manifestação de hoje ocorreu por estarmos todos indignados com tudo o que vem ocorrendo; manter a passividade ficou insustentável", garantiu o presidente. A paralisação dos ônibus afetou, também, o fluxo de veículos nas avenidas Desembargador Maynard, Ivo do Prado, Hermes Fontes e Pedro Calazans. 
Engarrafamento – De acordo com a SMTT, por mais de oito horas o impacto pôde ser observado na Avenida Gonçalo Prado Rollemberg, no Terminal de Integração do Mercado, e em todas as ruas paralelas à Avenida Barão de Maruim. Sobre as denúncias envolvendo acúmulo de funções, a direção do Sinttra segue protestando contra as atuais condições de trabalho enfrentadas pela categoria, bem como pediu o apoio de promotores ligados ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Sem minimizar as críticas direcionadas ao Setransp, Miguel Belarmino voltou a se antecipar sobre as perspectivas que envolvem as manifestações públicas, e não descartou a possibilidade de estado de greve a ser protagonizada por motoristas e cobradores já a partir do próximo dia 1º de março. 
O sistema alvo de protesto é responsável por transportar todos os dias cerca de 220 mil passageiros na região metropolitana formada pelas cidades de Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros. 
Por meio de nota a direção do Setransp informou que: "As empresas operadoras do transporte público coletivo têm buscado ao longo desta pandemia focar na preservação dos postos de trabalho. Os funcionários têm recebido qualificação para obterem promoções, como por exemplo, aqueles que se tornaram motoristas ou agentes comerciais. Especialmente, na área de venda de crédito da bilhetagem eletrônica, os agentes comerciais, ainda contribuem com o combate à Covid-19, contribuindo com o incentivo aos passageiros para trocar o uso de dinheiro por cartão no ônibus".  
O comunicado apresentado no final da manhã de ontem destacou que: "apesar de 2021 trazer dificuldades, pelo ano desafiador que foi 2020 e deixou o peso do desequilíbrio econômico do sistema de transporte, e ainda serem acrescida outras questões, o Setransp segue tratando com o Sinttra para encontrar formas de passar por esse sufoco priorizando os empregos. O Setransp entende que o Sinttra está fazendo seu papel, mas alerta que o ano 2020 foi atípico e 2021 será um ano ainda mais severo para setor de transporte sendo inviável a comparação com qualquer ano anterior, porque o setor vive os reflexos das consequências da pandemia, que completa um ano este mês de fevereiro. Neste momento, teremos mais um aumento nos custos com preço do diesel subindo 15%". 
Sobre a mobilização dos rodoviários, a Prefeitura de Aracaju, reconheceu que durante a manhã e tarde de ontem o serviço do transporte público permaneceu em operação, mas com dificuldade. "A SMTT reforça que, apesar do legítimo direito à manifestação, a mobilidade da cidade e o direito de ir de vir de centenas de passageiros do sistema de transporte coletivo não podem ser impactados. Enquanto órgão regulador do transporte público, a SMTT permanecerá em monitoramento constante da situação e atuando para garantir a prestação contínua do serviço à população de Aracaju", informou. 

Milton Alves Júnior 

Menos de 24h após  anunciar assembleia  geral e ameaçar suspender o sistema de transporte coletivo por tempo indeterminado na região metropolitana de Aracaju, grupos de trabalhadores rodoviários promoveram um ato público na Avenida Barão de Maruim, na região central da capital sergipana. Orquestrado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra), o movimento reivindica a volta imediata dos cobradores – os quais ao longo dos últimos anos foram retirados de parte dos ônibus -, o restabelecimento do ticket alimentação que foi cortado no ano passado, além da regularização de pagamento dos salários atrasados por parte das empresas que operacionalizam o sistema. Diante do caos, agentes da Polícia Militar e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) foram encaminhados para o local. 
Em diálogo com o JORNAL DO DIA, o presidente do Sinttra, Miguel Belarmino, já havia destacado o alto limite de paciência atingido pela classe trabalhadora junto a todas as empresas diretamente ligadas ao Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros da capital (Setransp). Na oportunidade, o representante sindical enalteceu ainda a ameaça diária em que os motoristas e cobradores estão enfrentando quanto ao possível corte do plano de saúde. Já na manhã de ontem, convicto do caos instaurado após os trabalhadores terem estacionado dezenas de ônibus em via expressa, Belarmino destacou o ato como democrático, de indiscutível necessidade e com amplo apoio popular. 
 "Eu disse a vocês [do JORNAL DO DIA] que a paciência dos pais e mães de famílias já haviam chegado ao limite. Por diversas vezes tentamos conversar com o pessoal do Setransp sobre as nossas reivindicações e nenhum destes pedidos foram atendidos. Estamos em meio a uma bola de neve de problemas, onde trabalhador vai para a rua inconformado com o descaso, e, o cidadão usuário do transporte, não admite o preço da passagem que é uma outra briga generalizada. Essa manifestação de hoje ocorreu por estarmos todos indignados com tudo o que vem ocorrendo; manter a passividade ficou insustentável", garantiu o presidente. A paralisação dos ônibus afetou, também, o fluxo de veículos nas avenidas Desembargador Maynard, Ivo do Prado, Hermes Fontes e Pedro Calazans. 

Engarrafamento – De acordo com a SMTT, por mais de oito horas o impacto pôde ser observado na Avenida Gonçalo Prado Rollemberg, no Terminal de Integração do Mercado, e em todas as ruas paralelas à Avenida Barão de Maruim. Sobre as denúncias envolvendo acúmulo de funções, a direção do Sinttra segue protestando contra as atuais condições de trabalho enfrentadas pela categoria, bem como pediu o apoio de promotores ligados ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Sem minimizar as críticas direcionadas ao Setransp, Miguel Belarmino voltou a se antecipar sobre as perspectivas que envolvem as manifestações públicas, e não descartou a possibilidade de estado de greve a ser protagonizada por motoristas e cobradores já a partir do próximo dia 1º de março. 
O sistema alvo de protesto é responsável por transportar todos os dias cerca de 220 mil passageiros na região metropolitana formada pelas cidades de Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros. 
Por meio de nota a direção do Setransp informou que: "As empresas operadoras do transporte público coletivo têm buscado ao longo desta pandemia focar na preservação dos postos de trabalho. Os funcionários têm recebido qualificação para obterem promoções, como por exemplo, aqueles que se tornaram motoristas ou agentes comerciais. Especialmente, na área de venda de crédito da bilhetagem eletrônica, os agentes comerciais, ainda contribuem com o combate à Covid-19, contribuindo com o incentivo aos passageiros para trocar o uso de dinheiro por cartão no ônibus".  
O comunicado apresentado no final da manhã de ontem destacou que: "apesar de 2021 trazer dificuldades, pelo ano desafiador que foi 2020 e deixou o peso do desequilíbrio econômico do sistema de transporte, e ainda serem acrescida outras questões, o Setransp segue tratando com o Sinttra para encontrar formas de passar por esse sufoco priorizando os empregos. O Setransp entende que o Sinttra está fazendo seu papel, mas alerta que o ano 2020 foi atípico e 2021 será um ano ainda mais severo para setor de transporte sendo inviável a comparação com qualquer ano anterior, porque o setor vive os reflexos das consequências da pandemia, que completa um ano este mês de fevereiro. Neste momento, teremos mais um aumento nos custos com preço do diesel subindo 15%". 
Sobre a mobilização dos rodoviários, a Prefeitura de Aracaju, reconheceu que durante a manhã e tarde de ontem o serviço do transporte público permaneceu em operação, mas com dificuldade. "A SMTT reforça que, apesar do legítimo direito à manifestação, a mobilidade da cidade e o direito de ir de vir de centenas de passageiros do sistema de transporte coletivo não podem ser impactados. Enquanto órgão regulador do transporte público, a SMTT permanecerá em monitoramento constante da situação e atuando para garantir a prestação contínua do serviço à população de Aracaju", informou. 

 

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