ROGÉRIO VENCE A DISPUTA NO PT

Um ato histórico para o PT. Assim foi definido o evento de assinatura do acordo entre o campo "Militância Presente Partido Forte", recém-criado e liderado pelo deputado federal Rogério Carvalho e a tendência "Articulação de Esquerda", liderada em Sergipe pela deputada estadual Ana Lúcia Menezes, para a condução política do Partido dos Trabalhadores. A aliança é resultado do Processo de Eleições Diretas no PT, cujo primeiro turno aconteceu no último dia 10 de novembro e que definiu Rogério Carvalho como primeiro colocado com 2960 votos, Ana Lúcia como terceira colocada com 1.066 votos.

Rogério disputaria o segundo turno com o deputado federal Marcio Macedo que obteve 2559 votos e foi em busca do apoio da Articulação de Esquerda, apresentando 13 propostas políticas para a condução do Partido. Depois de consultar as bases, a tendência resolveu apoiar a candidatura de Rogério e anunciou o fato em uma nota no último sábado. O fato levou a desistência de Márcio Macedo da disputa e, com isso, Rogério assume a Presidência Estadual do PT a partir de fevereiro de 2014 até 2016 e o restante do mandato, segundo o acordo firmado, será conduzido pela deputada estadual Ana Lúcia.

Centenas de militantes compareceram ao ato público, que foi realizado na Sede da Central Única dos Trabalhadores – CUT. O deputado estadual Francisco Gualberto, que também venceu o primeiro turno do PED para o Diretório Municipal de Aracaju foi quem iniciou o evento. Gualberto também assume a presidência do Diretório Municipal de Aracaju em razão da desistência de Usiel Rios, atual presidente, da disputa do 2º turno das eleições: "Houve uma série de casamentos para a condução do partido e eu estou muito feliz em presidir o Diretório Municipal de Aracaju junto com o companheiro Iran Barbosa. Agora o PT está mais forte e unido para uma reconstrução voltada para o militante da base do partido, pois nós não ganhamos a eleição com o intuito de anular qualquer força, nosso objetivo sempre foi dar um novo rumo ao PT", disse.

O deputado estadual João Daniel concordou com Gualberto: "Quem ganhou com essa disputa foi a militância e a classe trabalhadora do partido", exclamou durante o evento. O militante Franklin, da articulação de esquerda, representou o vereador Iran Barbosa que não pode comparecer por problemas de saúde e disse que: "o futuro do PT será de muita transparência, já que as duas forças aqui presentes assumiram esse compromisso publico".

Já a deputada Ana Lúcia, iniciando sua fala, disse que aquele era "um momento simbólico e diz que as divergências no campo da esquerda convergem no campo da política". E explicou aos presentes os motivos que levaram a fazer a aliança política com o campo "Militância Presente Partido Forte": "Terminado o primeiro turno, nós da articulação de esquerda nos reunimos em plenária para avaliar em qual candidato iríamos votar. Cada um apresentou sua proposta e nós decidimos pelas propostas dos companheiros Rogério Carvalho, Francisco Gualberto, João Daniel e Rômulo Rodrigues por estarem mais concretas no que se refere a condução do partido e estarem adequadas ao nosso pensamento", explicou.

Referência a Déda – Por fim, o presidente eleito do Partido dos Trabalhadores, agradeceu aos militantes pela votação e pelo empenho durante a campanha e avaliou que "não se pode negar a importância de nenhum militante do PT, dos movimentos sindicais e sociais, das associações, ou seja, todos os movimentos que o PT agrega e congrega são importantes e foram fundamentais no processo de transformação promovido pelo PT em todo o país. E aqui em Sergipe nós temos um grande líder que conduziu o PT que é o nosso governador Marcelo Déda a quem presto minha homenagem", disse e acrescentou que na eleição do domingo, 10, ficou consolidado o pedido de mudança no PT pela militância, através do voto, tanto pela própria votação quanto pela votação de Ana Lúcia Menezes, que soma mais de 4000 votos e ressaltou: Essa aliança que nós, do campo recém criado Militância Presente Partido Forte, que reúne membros da CNB, da EPS, liderados por João Daniel e do PT Classista de Francisco Gualberto, com a articulação de esquerda não foi meramente eleitoral. "Nosso acordo é algo duradouro em prol do PT e que é maior que todos nós e do desejo da militância que exige uma construção coletiva. Não podemos voltar mais atrás e isso vai nos exigir muita sinergia política, entendimento e afinidade e muita humildade", concluiu.