Saldo de crédito no Nordeste cresce 11,6% no fim de julho de 2023

O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nordestino alcançou R? 749,6 bilhões no final do mês de julho de 2023. O valor reflete a ampliação dos empréstimos e financiamentos a empresas e pessoas físicas e representa alta de 11,6% nos doze meses anteriores. No Brasil, na mesma métrica de comparação, o crédito avançou 8,2%. Os números foram levantados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) e consideram dados do Banco do Central.
Em Sergipe, o crescimento no saldo de crédito nos últimos doze meses é de 12,9%. No Nordeste, no acumulado dos últimos doze meses, terminados em julho de 2023, a trajetória ascendente do crédito ocorre devido à expansão tanto das carteiras de crédito das pessoas físicas, que registrou aumento de 12,2%, e das empresas, que apontou elevação em 10,2%.
De acordo com o economista e pesquisador do Etene, Allisson Martins, o avanço do saldo de crédito é importante sinalizador da expansão da atividade econômica, uma vez que a expectativa de crescimento econômico incentiva os empreendedores a buscarem crédito para investimentos. Os recursos captados nas instituições financeiras, em parte são destinados para investimentos em máquinas, equipamentos, instalações, além da compra de matérias-primas, insumos e capital de giro. “O crédito, com juros atrativos e prazo adequado, é uma das forças-motrizes do desenvolvimento econômico, na medida em que possibilita a implantação de novos negócios, bem como ampliação e modernização dos empreendimentos”, afirma.
O economista explica que o saldo de crédito é a diferença entre os recursos financeiros concedidos e os reembolsos das operações de crédito pelos clientes. “A expansão do saldo sinaliza que a concessão de crédito está ocorrendo de forma mais rápida que os reembolsos, o que é natural ocorrer, sobretudo em operações de longo prazo”, diz Allisson Martins.
O saldo das operações de empréstimos e financiamentos no final do mês de julho, destinado às famílias, representava 70,5% do total, cabendo a parcela restante (29,5%) às empresas.