O carro do sargento foi encontrado no bairro Olaria. Foto: Divulgação
O sargento Gilson Alves tinha 46 anos. Foto: Divulgação
Publicado em 12 de janeiro de 2018
Por Jornal Do Dia
O carro do sargento foi encontrado no bairro Olaria. Foto: Divulgação
O sargento Gilson Alves tinha 46 anos. Foto: Divulgação
Gabriel Damásio
Um assalto terminou com o assassinato do sargento da Polícia Militar Gilson Alves, 46 anos, que estava lotado na 1ª Companhia Independente de Polícia Militar (1ª CIPM), em São Cristóvão (Grande Aracaju). Ele foi baleado por volta das 7h de ontem, em frente à residência dele, no bairro Veneza (zona oeste de Aracaju). Testemunhas informaram à polícia que o crime foi cometido por pelo menos dois criminosos, que atacaram o militar para roubar seu veículo. Gilson foi ferido com dois tiros, sendo um que o atingiu no pescoço, e morreu cerca de 40 minutos depois, após dar entrada na Ala Vermelha do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
O sargento tinha acabado de voltar para casa, após deixar a esposa em um ponto de ônibus na Avenida Osvaldo Aranha, e sentou-se na porta de casa, aguardando a hora de se apresentar para o serviço na Companhia. Foi quando os criminosos chegaram ao local à pé, tomaram a arma da vítima, uma pistola ponto 40, e atiraram. Em seguida, eles entraram no carro de Gilson, um GM Vectra e fugiram. A vizinhança da rua prestou socorro e levou o sargento ao Huse, onde os médicos fizeram várias tentativas de reanimá-lo.
A assessoria da unidade informou que o militar perdeu muito sangue pelo pescoço e foi submetido a uma drenagem torácica que retirou 1,2 litro de sangue do pulmão. Durante o atendimento, a equipe tentou uma reanimação cardiopulmonar por cerca de meia hora, mas a morte do sargento foi constatada. Assim que a notícia se confirmou, muitos policiais militares, inclusive do alto comando, estiveram na porta do Huse para buscar informações e prestar solidariedade aos familiares, que estavam desesperados.
O corpo do militar começou a ser velado ao final da tarde na Igreja Adventista do Veneza 1, próximo à casa da família. Eleserá enterrado com honras militares, às 10h de hoje,no Cemitério da Cruz Vermelha, no Getúlio Vargas. Gilson era casado, pai de três filhos, e tinha quase 30 anos de carreira na Polícia Militar, estando ele a seis meses de ir para a reforma remunerada.
Buscas – Várias equipes da PM fizeram uma grande operação de busca por todo o dia de ontem, concentrando-se principalmente nos bairros Veneza, Olaria, Ponto Novo e Conjunto Jardim (em Nossa Senhora do Socorro). Um helicóptero do Grupamento Tático Aéreo (GTA) deu apoio às buscas. No começo da tarde, uma denúncia anônima levou os PMs a encontrarem o carro do sargento, que estava abandonado na rua São Caetano, bairro Olaria.
Fontes policiais informaram que a farda de Alves foi encontrada dentro do carro e isto teria levado os criminosos a desistirem de leva-lo adiante. Investigadores também tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança instaladas ao longo da rua onde o crime aconteceu, as quais teriam registrado a chegada e a fuga dos assassinos. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).