Saúde ao Deus dará

A situação do Hospital São José, em Aracaju, é exemplar do compromisso dos gestores sergipanos com a população. O contrato firmado entre a unidade de saúde e a Prefeitura expira em maio. Até o momento, no entanto, não há previsão de renovação.

O jogo de empurra é conhecido, apenas atores e cenário mudam. Muitas vezes, nem isso. Segundo a direção do Hospital São José, sem a formalização de um compromisso com a prefeitura da capital e o governo de Sergipe, a manutenção dos serviços financiados pelo SUS é inviável.

Ontem, o Ministério Público de Sergipe convocou representantes do Hospital São José e das Secretarias de Saúde de Estado e de Aracaju e cobrou uma solução para o impasse. Os serviços oferecidos ali são imprescindíveis para a assistência médica na capital.

Em audiência anterior, as Secretarias de Saúde se comprometeram a tomar providências até o último mês de fevereiro, mas descumpriram o prazo e o Hospital São José corre o risco de voltar a sofrer com paralisações de serviços para a população.

O problema é recorrente. Vira e mexe, os serviços prestados mediante convênio formalizado entre o poder público local e a rede privada de saúde são suspensos por falta de pagamento. Enquanto as partes discutem filigranas jurídicas, munidos de números e notas fiscais, ninguém é atendido pelo SUS. Como sempre, a população paga o pato.