Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Seca mantém 12 municípios em emergência


Publicado em 16 de outubro de 2012
Por Jornal Do Dia


Monique Oliveira
moniqueoliveira@jornaldodiase.com.br

Dos 18 municípios que decretaram situação de emergência por causa da seca, apenas 12 procuraram o Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil (Depec) para renovar o Decreto de Emergência que encerrou no último dia 8 de outubro. De acordo com o capitão Queiroz, gerente Técnico da Depec, apenas os documentos dos municípios de Poço Redondo, Porto da Folha, Poço Verde, Nossa Senhora da Glória, Tobias Barreto, Gararu, Itabi, Nossa Senhora Aparecida, Pedra Mole, Canindé do São Francisco, Graccho Cardoso e São Miguel do Aleixo já estão com o Governo do Estado para serem homologados.

O militar relata que a pior situação é a do município de Poço Redondo.  "Estamos aguardando a homologação do decreto pelo Governo para dar inicio a distribuição de cestas de alimentos e, possivelmente, a distribuição de água por meio da operação pipa, atingindo os 40% (Poço Redondo e Canindé do São Francisco) que ficou para o Estado", ressaltou o capitão Queiroz, acrescentando que, por enquanto, a distribuição de donativo está parada e o Exército é quem está assumindo a operação pipa nos 18 municípios.

Com relação a perda de safra e animais, o militar destacou que segundo os relatórios das COMDECs não procede a informação da morte de mais de dois mil bichos. "Sabemos dos prejuízos, mas não chega a tudo isso".  

Enquanto o Governo do Estado não homologa a documentação de Decreto de Emergência, mais de 70 mil sertanejos sofrem com seca. Conforme o presidente da Associação dos Trabalhadores do Assentamento da Barra da Onça, no município de Poço Redondo, Gilvan Alves de Melo, a seca está pior que há cinco meses.
"O pessoal não conseguiu plantar e os animais estão morrendo. Esse problema já vem há mais de dois anos e o pior é que o governo não ajuda a liberar recursos, junto ao Banco do Nordeste, para salvar nosso rebanho, pois dos seis mil agricultores que temos no município, nem 2% recebeu o recurso", informa o agricultor.

Segundo ele, o prazo de liberação do dinheiro é até 30 de dezembro, mas após essa data o recurso volta para o Governo Federal. "Enquanto isso, o agricultor está perdendo o rebanho", ressaltou o agricultor, reafirmando que apenas no seu município, mais de duas mil cabeças de gados foram perdidas.
"Acho que se não ajudarem aqui tudo vai se acabar. Estamos precisando de comida", falou o agricultor José Alves dos Santos, 75 anos. Ele conta que já perdeu 70% do rebanho. 

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