Sexta, 14 De Fevereiro De 2025
       
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Sedurb inicia diagnóstico social com famílias beneficiadas pelo Pró Moradia


Publicado em 04 de julho de 2013
Por Jornal Do Dia


Pesquisa tenta descobrir condições de vida dos moradores de invasão

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, por meio do seu Núcleo Social, deu início ao Diagnóstico Social com as famílias residentes na ocupação do Rio do Sal, em Nossa Senhora do Socorro, através das visitas de assistentes sociais, psicólogas e pedagogas.

O Diagnóstico Social tem uma contribuição de grandiosa relevância para o trabalho social. Com ele é possível ter maior conhecimento da realidade dos beneficiários do Programa Pró-Moradia, identificar as questões e problemas que as famílias enfrentam, fazer o encaminhamento necessário para cada família, atualizar os dados sociais, econômicos e psicológicos, além de mensurar e analisar as mudanças e transformações ocasionadas a partir do trabalho social efetuado na comunidade.

O objetivo das entrevistas realizadas durante o diagnóstico é fazer um levantamento multidisciplinar acerca dos relacionamentos familiares, demandas psicológicas, dificuldades ao acesso às unidades de serviços oferecidos e das demandas da comunidade em relação aos serviços de saúde, lazer, educação, entre outros. A partir desses levantamentos serão propostas ações de melhorias juntamente com a comunidade trabalhada.

O procedimento – De acordo com a assistente social da Sedurb, Maria das Graças Oliveira, as visitas são o ponto crucial do diagnóstico. "Para coletar as informações, os profissionais da Sedurb farão visitas ‘in loco’ nas 10 áreas que correspondem ao Programa Pró Moradia em Nossa Senhora do Socorro, sendo que a área da invasão do Rio do Sal é a primeira delas", destaca.

Maria das Graças diz ainda que o detalhamento é minucioso. "Para o levantamento dos dados é feita uma primeira visita domiciliar onde é aplicado o questionário Sócio-Pedagógico. Na segunda visita é realizada uma entrevista psicológica. A análise dos dados parte da leitura das informações colhidas em campo para, só então, ser iniciada a construção do genograma (representação gráfica da família onde é relatado os seus diferentes membros), a descrição do histórico familiar, descrição da relação social e a construção do ecomapa (representação gráfica para identificar as relações e ligações da família e de seus membros com o meio e a comunidade onde habitam)", explica.

Avaliação positiva – Residindo há mais de 20 anos na ocupação do Rio do Sal, a moradora Givanilde Alves dos Santos, enaltece a ação na área. "Achei a entrevista ótima, porque quanto mais direitos adquiridos, para a gente que mora aqui é melhor", avalia.
Para a costureira Maria Josicleide Bento Araújo, a criação de grupos e cooperativas com moradores da ocupação seria uma boa alternativa de geração de renda e emprego. "Eu sou costureira e gosto muito da minha profissão e me sinto muito capaz, porque eu faço tudo relacionado à costura. Eu acho muito importante a criação de grupos e cooperativas, mas não tenho condições financeiras para equipar uma sala com equipamentos de costura", revela.

Segundo a diarista Helena de Lima Santos, o trabalho social efetuado pela Sedurb assinala a presença efetiva do Governo do Estado na comunidade. "Todas às vezes que aparece gente aqui, nós não sabemos se é moda política, se é porque está próximo das eleições, mas agora nós sentimos que é diferente. Eu estou colocando fé porque as obras estão iniciadas, a equipe da Sedurb está por aqui nos dando assistência, então eu acho que agora vai. Essa casa será tudo na minha vida. É maravilhoso! Quem não quer ter o próprio cantinho?", questiona.

O diagnóstico social teve início no dia 01 de julho, tendo previsão de ser concluído nas próximas nove ou dez semanas. Após a mensuração das informações coletadas, serão inseridos no sistema os dados psicológicos, pedagógicos e sociais levantados.

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