Segurança dos bancários preocupa sindicato
Publicado em 21 de maio de 2019
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Enquanto seguem na busca por reunião extraordinária com a direção do Comitê de Segurança Bancária de Sergipe, e com a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Estado de Sergipe (SEEB), paralelamente permanecem denunciando retrocessos contabilizados ao longo dos últimos anos após o fechamento de agências. Como consequência do encerramento de atividades em pelos menos 12 instituições bancárias somente na menor unidade federativa do país, o tempo de espera em unidades ainda em funcionamento tem sofrido gradativa ampliação e gerado críticas por parte dos clientes. Profissionais do setor, em meio ao acréscimo de trabalho, também não se mostram satisfeitos.
Em comunicado oficial a SSP informou que segue ampliando as ações preventivas como forma de minimizar ações criminosas. Sobre o índice de explosões, por exemplo, em unidades fechadas, o órgão declarou que este ano foi registrada uma explosão, quando no ano passado foram três. Evitamos uma explosão que aconteceria em Simão Dias, com seis suspeitos mortos e três presos, no início de abril. As investigações do caso deste ano conforme a SSP, estão em andamento e todos os casos do ano passado foram solucionados, com prisões e suspeitos mortos em confronto com a polícia. O Sindicato dos Bancários denuncia, também, ataques contra centrais de autoatendimento.
Sobre esse caso a SSP enaltece que a maioria dos casos citados pelos representantes dos bancos é de pequenos incêndios provocados por moradores de rua, muitos deles sem comprometer o total funcionamento das agências e todos eles com o imediato atendimento da PM, Corpo de Bombeiros e Perícia. Sem entrar no embate com o SEEB, a pasta declarou que é preciso que os bancos façam um diagnóstico e invistam em seus sistemas de segurança, já que boa parte dos crimes atinge o patrimônio desses grupos. Sobre o pedido de reunião a secretaria informou que está à disposição para prestar o auxílio necessário e para receber os respectivos representantes para reunião.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários, Ivânia Pereira, paralelo à necessidade de se acolher melhor os clientes, os bancos necessitam ampliar o quadro funcional a fim de reduzir a carga trabalhista que foi herdada das agências fechadas. A sindicalista lamenta ainda a obrigatoriedade de pessoas com necessidades especiais em seguirem para outras cidades em busca de atendimento especializado. "Na capital, não, mas no interior a gente se depara com idosos, deficientes e mulheres grávidas precisando seguir até outras cidades para serem atendidos. Isso é m desrespeito para com a população. É preciso valorizar a categoria e reabrir agências para melhor atender os clientes", cobrou.