Seleção de GR realiza treinos pela internet
Publicado em 25 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia
Na impossibilidade de realizar os treinos presenciais, as atletas da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica usam a tecnologia da internet, para manter os treinos em dia. As atletas sentem saudades do ginásio, mas a palavra de ordem é resignação. Nesses tempos assolados pelo novo coronavírus, a torcida é grande também para que não caia a conexão com a internet.
Enxergando a necessidade de isolamento pelo prisma positivo, a coreografa Bruna Martins, reflete que a seleção sairá engrandecida dessa dura experiência. "Estamos todos em casa, em família, abastecendo-nos de amor, energia e carinho. Continuamos fortes", afirma Bruna Martins, professora de balé e assistente da técnica Camila Ferezin.
Desde o início deste mês, as 10 ginastas da Seleção Brasileira iniciaram os treinos em regime de recolhimento. Cada uma delas executa os movimentos em frente à câmera do computador. Tudo é observado pelos membros da equipe multidisciplinar, responsáveis pela orientação de cada tarefa. Com o auxílio de um aplicativo, a tela se divide e cada uma das componentes da equipe visualiza as colegas e as treinadoras.
Claro que todas já sentem saudades do ginásio de Aracaju, onde costumam treinar, mas a palavra de ordem é resignação. "No dia 30, o primeiro de treinamento online, apanhamos um pouco do sistema. No segundo, funcionou bem melhor. No seguinte, foi bem tranquilo. Essa geração tem muita familiaridade com tecnologia e rapidamente nos organizamos para fazer face a esse desafio", diz Camila Ferezin, treinadora da Seleção Brasileira.
De olho em Tóquio – A missão do grupo é a preparação para a competição classificatória, para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em data a ser divulgada pela Federação Internacional de Ginástica após a reformatação do calendário, necessidade criada pela eclosão da pandemia.
Os perrengues existem, mas não abatem o moral da equipe. "Há ginastas que moram em apartamentos. Jogam o aparelho para cima e ele bate no teto. Enquanto não receberem bronca do pessoal responsável pelo condomínio, vamos tocando a vida. Cada uma buscou uma solução. Uma delas está praticando no salão de uma igreja, que fica na frente da casa dela. Tem outra que não dispõe de wi-fi em sua casa, e recebe as orientações para treinar pelo whatsapp. Estamos nos virando como podemos", conta Camila.
Obviamente, recorrer à ajuda da internet é o caminho adotado por todas as equipes que têm o costume de divulgar suas atividades nas redes sociais. "O mundo todo está fazendo isso. As equipes dos Estados Unidos, da Bulgária e da Itália já mostraram parte desse trabalho pelo Instagram. É o jeito encontrado para dar continuidade aos treinamentos num contexto de isolamento social", explica Camila.