Sem futuro
Publicado em 21 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia
O comportamento de risco, mais as diversas variantes do coronavírus, ainda mais letais, transformaram o perfil das vítimas da pandemia. Se, num primeiro momento, idosos eram considerados os mais vulneráveis, agora prevalecem os casos de óbito entre jovens.
Não dá para tocar a vida normalmente, como querem os negacionistas. De nada adianta tapar o sol com uma peneira. A alegada preocupação com a preservação de empregos não pode se afirmar incompatível com os dados concretos da realidade.
Os números não mentem: Última segunda-feira foram registradas 1.607 mortes por covid no Brasil, elevando o total a 375.049 óbitos, com média móvel diária de 2.860 em uma semana. Também foram notificados 35.885 novos casos, com 13.977.713 acumulados desde o início da pandemia. Em termos proporcionais, o Brasil já é o país com o maior número de óbitos no mundo.
Na quadra atual, em um contexto que soma a carestia de vacinas mais a estabilidade do contágio em um patamar muito elevado, a única atitude prudente e responsável é observar o distanciamento social, adotar as máscaras de proteção facial, evitar as aglomerações do mesmo modo que o diabo foge da cruz. As circunstâncias impostas pelo vírus não têm nada de confortável. Mas, por enquanto, evitar o contato corpo a corpo é o único remédio.
As variantes do Sars-Cov-2 estão levando pacientes jovens a serem intubados pouco tempo depois de dar entrada nos hospitais. Significa que, aos poucos, uma vítima após a outra, a pandemia pode estar ceifando o futuro do Brasil.