Sem vacina, sem remédio
Publicado em 05 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia
Com 584.016 casos confirmados do novo coro navírus e 32.548 mortes, o Brasil bateu quarta- feira um novo recorde de óbitos notificados. Apesar de todos os dados disponíveis recomendarem cuidado, no entanto, governadores e prefeitos já consideram o relaxamento da quarentena.
Tudo indica, a retomada econômica será adotada de modo muito precoce. Em São Paulo, epicentro nacional do contágio, por exemplo, a Prefeitura estabeleceu protocolos para a reabertura gradual de dois setores da economia: concessionárias de veículos e escritórios. A medida entra em vigor hoje.
Em Sergipe a pressão dos empresários também é grande. Além disso, o estado tem uma das piores taxas de isolamento social do País, com apenas 39,17% da população recolhida dentro de casa. Apenas Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram índice pior. No nordeste, não há população tão inconsequente quanto a sergipana.
O distanciamento social é apontado por pesquisadores como a medida mais efetiva no combate ao covid-19. Neste mês de junho, o Brasil inicia os testes de uma potencial vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Ao todo, 2.000 brasileiros participarão dos testes. Mas esta é uma esperança ainda distante. Na melhor das hipóteses, vai demorar para chegar.
É por isso que, dia a dia, renova-se aqui um alerta: O desconforto crescente provocado pela quarentena, mais sensível à medida em que o tempo passa, não suplanta a necessidade do isolamento social.