Sergipano empobrecido
Publicado em 28 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia
Antes da pandemia, os indicadores econômicos auferidos em Sergipe eram francamente insa tisfatórios. A acentuação da crise, um dos efeitos colaterais mais perversos do coronavírus, contudo, empurra o estado para uma situação de penúria preocupante.
Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com base nos dados do Novo Cadastro Geral de empregados e desempregados (Caged) da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, revelou que houve saldo negativo de 4.833 vagas de emprego com carteira assinada no estado, em abril deste ano.
O saldo de abril decorre da diferença entre 2.126 admissões e 6.959 desligamentos no período analisado. Com o registrado em abril, o saldo acumulado no ano de 2020 (janeiro a abril) apresenta-se negativo e chega a 9.486. A análise dos dados apontou que houve fechamento de vagas em todos os grupamentos de atividades econômicas do estado.
Os dados do mercado do trabalho estão entre os mais sensíveis para os gestores cientes de sua responsabilidade social. Não bastasse a repercussão imediata nos cofres públicos, em função da queda no consumo, há também o reflexo na qualidade de vida da população. Em verdade, de uns anos pra cá, os sergipanos empobrecem sem reação do poder público.