Sergipanos promovem ato em defesa da democracia

Defensores da democracia brasileira voltaram a ocupar na tarde de ontem a Praça General Valadão, na região central de Aracaju, com o intuito de enaltecer o apoio da população junto à Constituição Federal de 1988, e, de forma consecutiva, às instituições pertencentes aos três poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo. A mobilização realizada na capital sergipana e nos demais 25 estados brasileiros, aconteceu depois que Brasília foi atacada por terroristas no último domingo (8).
Menos de 24 horas após a destruição histórica, também em todo o país milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o cenário de destruição provocados pelos eleitores de Jair Bolsonaro, ex-presidente da república, derrotado nas eleições do ano passado para o atual chefe do Poder Executivo Federal, Luiz Inácio Lula da Silva. Em Aracaju o primeiro movimento voltado para a defesa da estabilidade democrática pós ataque aconteceu na Praça do Mini-golfe, que fica localizada nas proximidades da sede da administrativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Seccional Sergipe); entidade que, assim como as centrais sindicais, exige punição severa e sem anistia aos terroristas.

Manifestação – A atividade realizada na tarde de ontem contou com a participação direta das entidades sindicais ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT / Sergipe); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); da União Geral dos Trabalhadores (UGT); e do Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas). Houve ainda presença de representantes da Frente Brasil Popular; do Povo Sem Medo; Povo na Rua; além de dezenas de grêmios estudantis e de Diretórios de Centros Acadêmicos. Os manifestantes pediram agilidade nas investigações e compartilhamento oficial de nomes envolvendo sergipanos presentes em Brasília, ou que de alguma forma financiaram as caravanas tendo como destino o Distrito Federal.
“Toda luta é fundamental e necessária quando estamos lutando e batalhando pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, e, claro, pela nossa democracia que foi reconquistada depois de 21 anos de golpe militar. Estivemos reunidos na segunda [-feira, 09], voltamos a nos reunir nesta sexta, e nos manteremos unidos sempre que for preciso. A democracia brasileira segue firme, mesmo percebendo na prática que existem grupos radicais desejando golpear a vontade da maioria dos brasileiros. Queremos punição firme e sem anistia”, declarou o presidente da CUT Sergipe, Professor Rubens Marques.
A manifestação foi pacífica e monitorada por agentes da Polícia Militar, da Guarda Municipal de Aracaju, e da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
“A liberdade de atuação política depende da defesa da democracia. Todos os dirigentes sindicais sabem como é difícil a luta para fazer valer os direitos dos trabalhadores. Novamente voltamos a ocupar as ruas de Aracaju e manifestar nosso repúdio contra todo esforço e organização golpista que não aceita a derrota no segundo turno das eleições presidenciais”, enalteceu Roberto Silva.