**PUBLICIDADE
Sergipe à própria sorte
Publicado em 14 de janeiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Por força da chuva, a rodovia SE-438 foi tragada pela torrente. Três pessoas morreram, surpreendidas pelo improvável, inadvertidas
.
É impossível prever o volume de chuvas que desaba sobre Sergipe com precisão matemática ao longo do ano. Vira e mexe, o céu vem abaixo, por assim dizer, causando toda sorte de estragos. O poder público, no entanto, tem uma desculpa pronta para se esquivar da própria responsabilidade ante tragédias que se repetem: alega surpresa e lamenta a suposta excepcionalidade do evento.
.
A desculpa não cola. A ausência de obras estruturais já renderam à capital sergipana, por exemplo, a alcunha de Alagaju. Em verdade, sem planejamento, o que chega do céu será sempre motivo de preocupação.
.
Aracaju, contudo, não é o único município afetado pela negligência dos gestores locais. Em todo o estado, qualquer chuva um pouco mais forte tem o potencial de provocar perdas irreparáveis, como ocorreu em Capela, último fim de semana. Por força da chuva, a rodovia SE-438 foi tragada pela torrente. Três pessoas morreram, surpreendidas pelo improvável, inadvertidas.
.
Rodovias, pontes, prédios e encostas tremem agora nos quatro cantos de Sergipe. O grande volume de chuvas que desabam sobre o estado, mais a negligência do governo de Sergipe e municípios, ainda pode condenar outros sergipanos.
.
Ao relegar a realização de obras estruturais para segundo plano, protelando obras de drenagem e manutenção, governador e prefeitos condenam a população à própria sorte.