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Sergipe está no plano de investimentos da Petrobras a partir de 2028
Publicado em 25 de novembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se
O Plano Estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028 (PE 2024-28+) foi aprovado na
Sergipe está no plano de investimentos da Petrobras a partir de 2028 quinta-feira (23) pelo Conselho de Administração da companhia, prevendo investir US$ 102
bilhões nos próximos cinco anos, um crescimento de 31% em relação ao ciclo anterior. A companhia manteve a perspectiva de exploração do programa Sergipe Águas Profundas (SEAL 1 e SEAL 2) a partir de 2028.
A curva de produção da Petrobras considera a entrada de 14 novas plataformas (FPSOs) no período 2024-2028, dez das quais já contratadas. A empresa informa que está sendo construída uma nova geração de plataformas, mais modernas, mais tecnológicas, mais eficientes e com menores emissões. As duas plataformas de Sergipe, em área do Pós-sal, estão em fase de contratação e serão localizadas a 100 km da costa.
A manutenção da implantação das duas plataformas no estado para 2028 afasta, ao menos por enquanto, a possibilidade do adiamento para 2031, notícia divulgada com insistência ao longo da semana em publicações voltadas ao setor petrolífero. Um novo adiamento – a previsão inicial começaria em2026 – provocaria prejuízos gigantescos ao estado, que planeja a sua economia toda baseada nos investimentos da Petrobras.
No último mês de agosto, durante o lançamento Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, chegou a ser anunciado um investimento de R$ 109 bilhões para viabilizar o projeto Sergipe Águas Profundas. Estariam incluídos nesse montante os navios plataformas (FPSO) voltados à produção de gás natural na bacia sergipana. Também faz parte desse projeto a construção de um gasoduto de transporte de GNL, que deve conectar a malha sergipana ao sistema nacional e ampliar a distribuição do gás produzido em Sergipe – esse investimento não está mais previsto no Plano Estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028 (PE 2024-28+).
Os investimentos (CAPEX) previstos para o período 2024-2028 totalizam US$ 102 bilhões, sendo US$ 91 bilhões correspondentes a projetos em implantação (carteira em implantação) e US$ 11 bilhões compostos por projetos em avaliação (carteira em avaliação), sujeitos a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da contratação e execução. Quando concluídos os estudos e comprovada sua viabilidade econômica, esses projetos podem migrar para a Carteira em Implantação. O estudo de financiabilidade para projetos em avaliação é um item adicional à governança estabelecida de aprovação de projetos, que está mantida para ambas as carteiras.
A previsão dos investimentos a partir de 2028 dá um alento na economia estadual, já que a estatal havia vendido para a Carmo Energy (Grupo Cobra) as concessões de campos terrestres localizados em Sergipe. São 3 mil poços de petróleo em produção, 17 estações de tratamento de óleo, uma estação de gás em Carmópolis, aproximadamente 350 km de gasodutos e oleodutos, o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), o oleoduto Bonsucesso-Atalaia, uma unidade de processamento de gás natural e uma estação de processamento de óleo.
Antes da venda do Pólo de Carmópolis, a Petrobras já havia desativado a FPSO Piranema. FPSO significa Floating Production Storage and Offloading (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência). Instalada na Bacia Sergipe-Alagoas, litoral sul, na altura de Estância, a plataforma foi inaugurada em 2007 e tinha capacidade de produção de até 30 mil barris por dia de óleo e estocagem de 300 mil barris.
Em primeiro de abril de 2020, a Petrobras paralisou a produção nas plataformas de exploração de petróleo e gás natural em águas rasas no estado de Sergipe, desativou a sua sede em Aracaju e fechou o Tecarmo, terminal de processamento montado há mais de 40 anos na Atalaia que recebia todo o petróleo e gás extraído das plataformas, e era responsável pela distribuição de gás de cozinha para municípios de Sergipe, Alagoas e Pernambuco.
Em Sergipe, a companhia ainda tinha 27 plataformas marítimas de óleo e gás, sendo 26 em águas rasas, todas desativadas. O Campo de Guaricema, descoberto em 1968 e que foi a primeira exploração feita pela Petrobras no mar. Atualmente, Guaricema tem oito plataformas. As outras se estendem no litoral sergipano, pelos campos de Caioba (três), Camorim (10), Dourado (três), e Robalo (um).
Ao contrário da Petrobras, o grupo Cobra não tem qualquer compromisso com investimentos além da exploração de óleo e gás. Um exemplo disso é a notificação para a retomada da área onde funciona o Petroclube, que reúne ex-funcionários da Petrobras, ao lado do Tecarmo.
A perspectiva de investimentos da Petrobras, mesmo que somente a partir e 2028, gera otimismo na economia sergipana.