Sergipe investiga casos suspeitos de mutação do coronavírus
Publicado em 17 de janeiro de 2021
Por Jornal Do Dia
Gabriel Damásio
Às vésperas do início da campanha de vacinação contra a Covid-19, o surgimento de uma variante do novo coronavírus, que teve as suas características alteradas através de mutações, preocupa os profissionais e autoridades de saúde em todo o mundo. Uma cepa do agente causador foi encontrada recentemente no Amazonas e, segundo os cientistas, tem o poder de reinfectar pessoas que já tinham sido contaminadas pela doença. O Ministério da Saúde confirmou que uma mulher foi reinfectada por esta variante naquele estado, e outros quatro brasileiros que portavam esse vírus foram identificados e isolados no Japão, o que levou alguns países, como Reino Unido e Inglaterra, a proibirem o desembarque de pessoas que já tenham passado pelo Brasil.
Em Sergipe, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirma ter recebido vários relatos de pessoas com suspeita de reinfecção, que são aquelas que testam positivo após 90 dias da primeira infecção, mas a nova cepa do coronavírus ainda não foi confirmada. Ao todo, 47 amostras suspeitas, coletadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública(Lacen/SE), foram enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ), que vai fazer o sequenciamento genético completo destas mostras. Não há previsão de quando os resultados destes exames serão divulgados, por causa da alta demanda por exames do tipo em todo o país, mas o Lacen pediu prioridade à Fiocruz.
Reinfecção – Ainda conforme a Secretaria, não existe nenhum caso confirmado da nova variante do coronavírus em Sergipe e, mesmo assim, uma reinfecção nem sempre será por uma nova variante. No entanto, os órgãos de saúde admitem que houve um rápido crescimento dos casos novos de coronavírus desde o começo do ano, e entre esses casos que mais cresceram, estão os de pessoas que se testaram positivo para o coronavírus depois de 90 dias da primeira contaminação.
Ainda não há confirmação sobre se essa variante nova do coronavírus causa complicações mais graves aos pacientes, mas já se sabe que ela é ainda mais fácil de contaminar. Outras cepas, identificadas no Reino Unido e na África do Sul, também foram detectadas com maior facilidade de transmissão. Por conta disso, as autoridades de saúde reforçam o apelo à população para que respeitem as medidas capazes de diminuir a transmissão do vírus, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos.