Segunda, 14 De Abril De 2025
       
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Sergipe registrou mais de 16 mil casos de violência contra a mulher em 2024


Publicado em 08 de março de 2025
Por Jornal Do Dia Se


A DELEGACIA VIRTUAL FACILITA AS DENÚNCIAS DE AMEAÇAS E VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO ESTADO DE SERGIPE (Divulgação/SSP)

Milton Alves Júnior
Um levantamento realizado pela Superintendência da Polícia Civil, por intermédio de peritos da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), identificou que nos últimos dois anos o estado de Sergipe registrou redução de 47,36% na incidência de feminicídios. Entre 2024 e 2023, a redução foi de 37,5%, evidenciando a continuidade da tendência de queda dos crimes praticados contra a vida de mulheres pela condição do gênero feminino. Apesar de o Governo do Estado enaltecer estes números, os casos de violência física e psicológica contra o público feminino – incluindo mulheres transexuais -, registrou aumento significativo em 2024.
No geral, os registros em delegacia de crimes contra a mulher passaram de 15.794 em 2023 para 16.516 em 2024 no estado. Chama atenção que as Medidas Protetivas de Urgência (MPU) em favor das mulheres em Sergipe aumentaram 23,5% nesse período. Todos estes registros estão atrelados à Lei Maria da Penha. Até a tarde de ontem Sergipe já havia oficializado seis casos de feminicídio, sendo o mais recente vitimizando Josefa Josinete Ribeiro dos Santos, uma senhora de 56 anos, atingida por disparo de arma de fogo nas costas pelo próprio filho; este caso aconteceu na cidade de Poço Verde – Centro Sul Sergipano. No dia 24 de fevereiro, outro caso foi constatado pela Polícia Civil.
Conforme destacado pelo JORNAL DO DIA, o crime aconteceu na Travessa São Jorge, no Bairro Miguel Teles de Mendonça, em Itabaiana – região Agreste do estado. As investigações indicaram desde o início que a nora da vítima era a principal suspeita da ação criminosa; com o amparo de agentes da Polícia Militar, a mulher chegou a ser levada ao Hospital Regional de Itabaiana, mas não resistiu aos ferimentos. Diante das informações denunciando a possível autora do crime, policiais seguiram para a residência da suspeita, mas não a encontraram. Em outros dois momentos, na manhã e tarde de ontem, as buscas foram realizadas, mas a nora seguia ausente.
De acordo com a delegada Lara Schuster, responsável por contribuir na condução da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), o feminicídio é o estágio mais avançado da violência contra a mulher e precisa ser fortemente combatido. “O feminicídio vem de uma escalada de violência, de crimes anteriores, então queremos coibi-la. Estamos inclusive em um cenário de endurecimento das penas contra feminicidas – que passou de 12 a 30 anos de reclusão para de 20 a 40 anos de reclusão”, destacou. Na tentativa de combater os casos de violência, o Ministério Público de Sergipe (MPSE), por meio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos da Mulher (CAOp Mulher), lançou a Campanha ‘Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada’.
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