Sergipe tem a 4ª maior taxa de desempregados entre os estados

Milton Alves Júnior

Números revelados na manhã de ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que em termos proporcionais, o estado de Sergipe ocupou no primeiro trimestre deste ano, a quarta posição no ranking nacional de unidades federativas com o maior indicativo de pessoas desempregadas. Entre os meses de janeiro e março, pontuais 14,9% da população estava sem ocupação trabalhista.
No geral, os dados levantados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em Sergipe havia, naquele período, 961 mil pessoas ocupadas e outras 169 mil desocupadas. A menor unidade federativa do Brasil fica atrás apenas do estado da Bahia (17,6%), de Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%).
Os dados recém revelados apontam que este índice é menor se comparado com o mesmo período do ano anterior, o qual atingiu pontuais 20,7%. Em relação a outubro a dezembro de 2021, a direção regional do IBGE destaca que não houve variação estatisticamente significativa.

Análise – Paralelo aos empecilhos provocados em todo o mundo devido à pandemia do novo coronavírus, sobretudo ao longo dos últimos dois anos, o economista do Dieese, Luiz Moura, reconhece que o Brasil sofre por medidas governamentais e parlamentaristas adotadas há cinco anos, quando o Congresso Nacional, em Brasília, começou em 2017 a desenhar o projeto de reforma trabalhista. Focado na realidade do estado de Sergipe, mas se baseando com a realidade enfrentada nas demais 26 unidades federativas, o especialista avalia como: “muito grave a situação do desemprego em nosso estado. Na reforma trabalhista e na MP da Liberdade Econômica, que originalmente era para desburocratizar a abertura de empresas, os deputados aprovaram um texto que praticamente resultou em uma nova reforma trabalhista”.