Servidores do MPE querem reajuste salarial

Servidores do Ministério Público Estadual (MPE) voltaram a se reunir no início da manhã de ontem, em frente à sede do órgão de fiscalização, na zona Norte de Aracaju, diante da perspectiva de defender a valorização da classe trabalhadora. Contando com o apoio do Sindicato dos Servidores do Ministério Público Estadual (Sindsemp/Se), bem como da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), os profissionais alegam que, mesmo contabilizando reajuste de 6% – concedido neste ano -, cálculos procedidos pela entidade sindical indicam que a defasagem salarial alcança a casa dos 13%. Durante o ato público os trabalhadores denunciaram ainda falta de diálogo junto à gestão do MPE.
Por intermédio de comunicado compartilhado pela CUT, em sintonia com as queixas publicadas na mobilização, foi destacado que a gestão não mostra interesse em negociar e ignora a pauta dos trabalhadores. A resposta para a negativa está atrelada à possível ausência de margem orçamentária para o reajuste. “No entanto, em 2023 a gestão concedeu 20% de reajuste salarial para os cargos comissionados, e também os promotores terão reajuste salarial de 6% para os anos de 2023, 2024 e 2025”, denunciou a Central. Coordenador de Formação Sindical do Sindsemp, João Campagnaro, defende ampla e imediata abertura de diálogo entre as partes, além do consecutivo atendimento das pautas.
“Chegou ao absurdo de haver no começo do ano uma enquete polêmica perguntando se era preferível cargos em comissão ou servidores efetivos. O reajuste de 20% para os cargos comissionados e a perda acumulada dos servidores efetivos piora o cenário de desvalorização dos servidores do MPE/SE. Enquanto nossos pleitos estão parados, vemos contratação de cargos comissionados, reajuste salarial para cargos comissionados e observamos que a falta de servidores é resolvida com cargos em comissão”, denunciou. O Ministério Público Estadual não se manifestou sobre o ato desta quinta-feira. Em contraponto, os servidores informaram ao JORNAL DO DIA que não descartam a possibilidade de nova manifestação caso as solicitações não sejam atendidas.