Durante a mobilização, os servidores disseram ser contra qualquer processo de privatização do serviço público. Foto: ASCOM/Sintasa
Servidores protestam contra privatizações no estado
Publicado em 01 de novembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Reunidos na Praça Fausto Cardoso, servidores da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e profissionais de saúde voltaram a realizar um ato de protesto contra ações encaminhadas pelo Governo do Estado, os quais a classe trabalhadora entende como processo gradativo de privatização da autarquia. Coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe (Sindisan), a mobilização contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT / Sergipe), Central do Trabalhador e da Trabalhadora Brasileira (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), e da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas). Durante a mobilização, os servidores disseram ser contra qualquer processo de privatização do serviço público.
“O SINDISAN se somará às centrais sindicais e aos demais sindicatos nessa luta contra a entrega completa ao setor privado de serviços que são essenciais à população, como são o saneamento básico e a saúde, com demissões em massa de servidores e fim dos concursos públicos, já que o que passará a valer é o critério do QI, o famoso ‘Quem Indica’. É um verdadeiro desmonte do Estado, com impactos negativos principalmente sobre a população mais pobres, e nós iremos se opor frontalmente a isso”, destacou o secretário-geral do sindicato, Aécio Ferreira.
Ilegal – O Governo do Estado, por meio da Procuradoria-Geral do Estado de Sergipe (PGE/SE), conseguiu perante o Tribunal de Justiça do Estado (TJ/SE) decisão que suspende movimento de paralisação programado pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe e demais sindicatos, sob multa de R$ 100 mil por dia, em caso de descumprimento.
A PGE/SE ingressou em juízo com o pedido de imediata suspensão do movimento paredista tendo em vista os prejuízos irreparáveis que seriam causados à população, já que a saúde é um serviço essencial e indispensável à sociedade e todo e qualquer cidadão.
A paralisação programada para os dias 31/10/2023 e 1º/11/2023 foi considerada ilegal pelo TJ/SE por já haver um espaço de negociação aberto entre o Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, e a entidade sindical no que se refere às tratativas das exigências dos profissionais que assinam a ata de assembleia convocatória.