Shopping proíbe entregadores de sentar em praça de alimentação

A direção do Shopping Jardins, em Aracaju, reconheceu no início da manhã de ontem que o serviço operacional do estabelecimento de compras apresentou ‘erro operacional’ ao inviabilizar que entregadores do sistema delivery pudessem sentar em um dos assentos da praça de alimentação enquanto aguardavam o preparo e processo de embalagem das encomendas. A polêmica envolvendo moto-boys e seguranças do shopping foi protagonizada durante o último final de semana, quando usuários do serviço e funcionários dos próprios estabelecimentos comerciais passaram a criticar a conduta do Shopping Jardins através das plataformas de redes sociais. Diante da repercussão, uma nota pública foi emitida enaltecendo o respectivo desejo de solução dos problemas. 
Também por meio de redes sociais a direção do centro de compras informou: "lamentamos o ocorrido no último final de semana, quando houve um erro operacional, e estamos analisando internamente as adaptações necessárias. Pedimos desculpas. Para conciliar uma convivência entre os públicos importantes – tanto consumidores do local quanto profissionais que atuam com transporte de alimentos – o empreendimento instituiu algumas normas visando, sobretudo, otimizar a retirada de pedidos, manter organização logística e evitar aglomerações. Queremos e vamos melhorar nossa operação nesse sentido e, por isso, estamos finalizando a implementação de espaços destinados especificamente aos profissionais que atuam no segmento a fim de recebê-los da melhor forma possível." 
Apesar da nota reconhecendo os erros operacionais e administrativos, durante todo o dia de ontem o Shopping Jardins seguiu sendo criticado, em especial, pelos entregadores cadastrados em aplicativos de entrega de alimentos e bebidas em domicílio. Para Ewerton Nascimento, um dos críticos à metodologia funcional adotada pelo shopping, a resposta apresentada ao público consumidor apenas se tornou possível devido aos vídeos registrados e compartilhados, em especial, na tarde do último domingo, 06. A expectativa por parte dos entregadores é que a promessa de implementação de espaços adequados seja, de fato, cumprido em caráter imediato. Os trabalhadores não descartam a possibilidade de realizar novas manifestações virtuais caso as garantias de mudança não sejam aplicadas. 
"Tudo isso só aconteceu porque a gente se juntou e passamos a denunciar essa falta de respeito com o trabalhador. O que nos deu força nas críticas foi um vídeo feito esse final de semana e que mostra bem um dos seguranças pedindo para que um colega ficasse de pé. A praça [de alimentação] estava vazia, apenas com nós entregadores esperando as encomendas", declarou Ewerton.