Manifestação dos sindicatos ontem de manhã
Sindicatos voltam a protestar por salários
Publicado em 20 de março de 2018
Por Jornal Do Dia
Centrais sindicais e asso- ciações de trabalhado- res voltaram a mobilizar dezenas de servidores públicos estaduais em frente ao Palácio Governador Augusto Franco, em Aracaju, a fim de protestar contra os sucessivos atrasos salariais, parcelamento de salários de profissionais inativos e congelamento dos reajustes dos vencimentos sempre abaixo da aplicação inflacionária anual. O ato coletivo foi realizado na manhã de ontem como forma de pressionar o poder executivo estadual a atender ao pleito dos trabalhadores, bem como minimizar os conflitos administrativos e qualificar o serviço público fornecido aos contribuintes sergipanos. Sem atendimento dos pleitos os profissionais ameaçam greve unificada.
Tratando a possível saída de Jackson Barreto do comando executivo estadual como uma possibilidade de melhoria nos diálogos administrativos, Diego Araújo, atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Sergipe (Sintrase), disse esperar que Belivaldo Chagas possa receber uma comissão de servidores e buscar resolver os impasses. Ele lamenta que desde o ano de 2012 os servidores públicos sergipanos não contabilizem reajustes salariais acima da inflação. Disposto a promover rodadas de diálogo progressista com os gestores estaduais, ele garante que os trabalhadores têm suportado as dificuldades diante da esperança de dias melhores.
"Infelizmente estamos novamente reunidos para protestar contra uma luta antiga que insiste em se tornar presente devido à falta de comprometimento dos gestores. O governador possui total conhecimento dos nossos pedidos, mas mesmo assim segue sem resolvê-los. Esperamos que, com a saída dele, o ainda atual vice-governador, Belivaldo Chagas, possa nos atender e resolver essa situação que se arrasta há seis anos. Enquanto os salários seguirem atrasados, parcelados e abaixo da inflação, iremos permanecer realizando atos contínuos", declarou. A mobilização ocorreu enquanto o governador participava de evento promovido pela Secretaria de Estado da Educação no Teatro Tobias Barreto.
Dispostos a intensificar as cobranças, e na tentativa de dialogar pessoalmente com Jackson, um grupo de docentes ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), seguiu até o centro cultural, onde foram barrados na entrada principal. Ação suficiente para inflamar os manifestantes. Enquanto do lado de fora os servidores investiam suas salivas em discursos repletos de farpas verbais, em discurso nas dependências internas o governador apontou a ação do grupo como um movimento pequeno que não representa o pensamento da maioria dos servidores. Ao sair do teatro o governador foi hostilizado, e optou por não dialogar com os manifestantes.
No final da manhã a mobilização foi encerrada com a garantia da permanência da greve iniciada na semana passada pelos auditores fiscais ligados à Secretaria de Estado da Fazenda. A direção do Sintrase informou que outros atos serão promovidos, mas não apresentou o calendário de lutas. "Vamos dialogar com os companheiros é seguir definindo nossas ações democráticas. Ressalto que iremos permanecer unidos até que os nossos pedidos, amplamente de acordo com as leis trabalhistas, sejam atendidos", pontuou Diego.