Quinta, 25 De Abril De 2024
       
**PUBLICIDADE
Publicidade Publicidade

Sindifisco denuncia tentativa de acordo lesivo aos cofres públicos


Avatar

Publicado em 05 de novembro de 2021
Por Jornal Do Dia


Membros do Sindifisco distribuem pacotes de farinha de trigo em ato na Sefaz

No ato denominado “Farinhada de Trigo’, realizado ontem, o Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco/SE) denunciou que está sendo gestado um acordo lesivo aos cofres públicos entre a Secretaria da Fazenda de Sergipe (Sefaz/SE) e um estabelecimento moageiro de trigo. O ato terminou com a distribuição de pacotes de farinha de trigo para os servidores administrativos e terceirizados da Secretaria.

Segundo o presidente do Sindifisco/SE, José Antônio a denúncia aponta que a Sefaz/SE está viabilizando atender acordo proposto pela empresa de antecipação de suposta restituição de valores de Imposto Sobre a Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS). O montante da restituição é de mais de R$ 40 milhões de reais, equivalente a 30% da arrecadação mensal de ICMS de Sergipe.

Esse debate sobre o direito à restituição do imposto não se exauriu na Justiça. Há 15 anos, a mesma empresa foi autuada por utilizar indevidamente um crédito relativo a essa mesma restituição, deixando assim de recolher o ICMS para o Estado de Sergipe. O auto de infração foi julgado procedente na esfera administrativa da Sefaz. A empresa decidiu recorrer ao Judiciário, para restaurar um termo de acordo cancelado pelo governo em 2007. A indústria moageira obteve sentença favorável, na primeira instância. Porém, como a decisão foi contra o Estado de Sergipe, é passível de recurso (reexame necessário). “Para nós, é inconcebível a atitude da Fazenda Pública em reconhecer a sentença do Judiciário em definitivo, justamente porque esse processo ainda não transitou em julgado. Uma vez julgado definitivamente, caso a empresa obtenha o ganho de causa na Justiça, ainda terá de se submeter a uma fila de precatório como qualquer contribuinte. Portanto, a antecipação desse acordo, por qualquer meio que se analise, é lesivo ao erário”, afirma José Antônio.

O dirigente sindical questiona à Sefaz: “Em vez de azeitar a máquina arrecadadora, a Sefaz quer antecipar o pagamento de mais de R$ 40 milhões a empresa envolvida. Dessa forma, a Sefaz está esvaziando os cofres públicos. Acordo desse tipo faz parte do mesmo contexto de sucateamento de unidades e postos fiscais e desestruturação da Sefaz, o que traz consequência para a sociedade com a diminuição na prestação de serviços públicos, precarização da infraestrutura do Estado; débito de oito anos com a revisão salarial constitucional dos servidores e cobrança de 14% da Previdência dos aposentados”.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade Publicidade