Na Câmara, Joaquim Antônio Ferreira de Souza explica greve dos previdenciários. Foto: Gilton Rosas
Sindiprev reivindica realização de concurso público
Publicado em 11 de maio de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Representantes do Sindicato da Previdência de Sergipe (Sindiprev/SE) utilizaram o espaço da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta terça-feira, 10, e discutiram sobre o desmonte da previdência no Brasil e a urgência na realização de concurso público para a instituição.
Para os servidores, o INSS chegou num caos administrativo em que eles têm denunciado diariamente Brasil afora. O Sindiprev informou na Tribuna Livre que existem cerca de 3 milhões de processos em atraso por falta de servidores e as famílias aguardam, no mínimo, 8 meses para que o servidor avalie aquele requerimento. “Nós tínhamos em Sergipe, em 2016, 1.100 servidores e hoje temos apenas 192 e com a demanda altamente crescente. Na agência da Ivo do Prado, tínhamos 86 servidores, hoje temos apenas 10. Na pandemia tivemos um acréscimo de requerimento de pensão em 30% e as famílias tiveram que aguardar uma média de 1 ano para o atendimento. Além disso, temos servidores que estão adoecendo e com depressão, fruto de uma gestão que não reconhece que é necessária e urgente a realização de um concurso público”, denunciou o coordenador geral do Sindiprev, Joaquim Antônio Ferreira de Souza.
Outra questão abordada pelo Sindiprev é em relação à informatização do INSS. Segundo Joaquim a inteligência artificial que o governo instalou na instituição não está resolvendo os problemas nos processos e as pessoas não conseguem atendimento via internet. “Qualquer pessoa pode acessar esse sistema e ver a dificuldade que é. Vemos diariamente e a população totalmente abandonada e refém desse sistema. Do outro lado, temos servidores oprimidos pelo governo, que têm o salário-base menor que o salário mínimo, o resto é gratificação, que é atrelada ao desempenho, e não temos como fazer por não ter aparato tecnológico e nem servidores para suprir a demanda”, explicou.
“Nossa greve tem o intuito de despertar na sociedade a necessidade de reestruturar o INSS. O governo não investe em tecnologia, que tem que caminhar lado a lado do atendimento presencial. Muitas pessoas não sabem manusear sistemas, principalmente as mais humildes. A população paga por um sistema que não funciona. Nós estamos aqui hoje para convidar os vereadores para se juntar nesse coro. Precisamos de concurso público. O INSS pede socorro. O INSS é vital para as cidades. Nós dizemos sempre: Respeite nossa história”, finalizou.