Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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SSP: cachaça que causou mortes em Riachão estava envenenada


Publicado em 28 de outubro de 2020
Por Jornal Do Dia


Os peritos fizeram várias análises das substâncias da bebida

 

A Delegacia de Polícia 
de Riachão do Dan-
tas (Centro-Sul) concluiu ontem as investigações sobre a morte de quatro pessoas após a ingestão de bebida alcóolica no povoado Vivaldo, na zona rural do município. Como parte do procedimento investigativo, foram feitos exames pelo Instituto de Analises e Pesquisas Forenses (IAPF) e pelo Instituto Médico Legal (IML), que constataram, nos corpos e no recipiente, a presença de uma substância utilizada em lavouras, para o controle de pragas. 
O procedimento investigativo contou com os depoimentos de familiares, da responsável pela venda do produto, do esposo dela e também de testemunhas que sabiam do comércio de bebida alcoólica no local. A Delegacia de Riachão do Dantas solicitou exames aos setores de toxicologia e necroscopia do IAPF e do IML. Nas análises, foram verificadas as presenças de álcool etílico e de metomil, uma substância química utilizada no controle de pragas em lavouras.
O delegado Alisson Lial explicou que as investigações verificaram que as mortes ocorreram por uma conduta na qual não havia a intenção de matar, mas que não foram acidentais. "Foram decorrentes de uma conduta culposa, ou seja, não houve a intenção. A senhora fazia a coleta das substâncias vegetais na mata e no quintal de casa. A coleta era feita e não passava por um processo de lavagem. Era tão artesanal que a lavagem do recipiente não era adequada. Ela passava água no recipiente de refrigerante, adicionava a cachaça limpa e após isso comercializava. Segundo ela, há cerca de dois anos ela fazia a comercialização sem nenhum incidente", detalhou.
As mortes ocorreram entre os dias 21 e 23 de setembro deste ano, quando a cachaça também causou problemas de saúde para as próprias donas do bar, que precisaram ser internadas depois de beberem uma dose da cachaça. "Ela e a irmã fizeram o consumo e passaram mal, sendo atendidas pelo Hospital de Riachão do Dantas e, em seguida medicadas e liberadas. No dia 21, houve a venda para uma das vítimas, que veio a óbito. No dia seguinte, a venda para mais três pessoas que também passaram mal, sendo que houve novos óbitos", complementou o delegado.
O perito criminal Ricardo Leal, do IAPF, destacou que o trabalho pericial envolveu a análise dos recipientes onde a bebida estava armazenada. "Nesse caso, analisamos as três garrafas e um galão azul. Em apenas uma garrafa encontramos o veneno. Possivelmente, as vítimas ingeriram a cachaça que estava presente na mesma garrafa. A substância que encontramos é um praguicida, o metomil, utilizado no combate de pragas em algodão e hortaliças", salientou. 
O diretor do IML, Victor Barros, reforçou que o processo de identificação da substância contou com exames nos corpos das vítimas. "Constatamos na primeira morte a presença do praguicida. Em seguida, três pessoas também fizeram o uso da bebida alcoólica e vieram a falecer. O IML também fez a necropsia e a coleta de amostras biológicas, e encaminhou ao IAPF. Então foi feita a identificação de altas concentrações do composto, e foi apontada a causa da morte dessas pessoas", frisou. 
Desse modo, a causa da morte foi atestada como a ingestão da substância. As investigações resultaram no indiciamento da responsável pela venda da bebida alcóolica contaminada e do esposo dela pelo crime de adulteração ou falsificação de substância ou produto alimentício. O inquérito já foi encaminhado para análise do Ministério Público. 

A Delegacia de Polícia  de Riachão do Dan- tas (Centro-Sul) concluiu ontem as investigações sobre a morte de quatro pessoas após a ingestão de bebida alcóolica no povoado Vivaldo, na zona rural do município. Como parte do procedimento investigativo, foram feitos exames pelo Instituto de Analises e Pesquisas Forenses (IAPF) e pelo Instituto Médico Legal (IML), que constataram, nos corpos e no recipiente, a presença de uma substância utilizada em lavouras, para o controle de pragas. 
O procedimento investigativo contou com os depoimentos de familiares, da responsável pela venda do produto, do esposo dela e também de testemunhas que sabiam do comércio de bebida alcoólica no local. A Delegacia de Riachão do Dantas solicitou exames aos setores de toxicologia e necroscopia do IAPF e do IML. Nas análises, foram verificadas as presenças de álcool etílico e de metomil, uma substância química utilizada no controle de pragas em lavouras.
O delegado Alisson Lial explicou que as investigações verificaram que as mortes ocorreram por uma conduta na qual não havia a intenção de matar, mas que não foram acidentais. "Foram decorrentes de uma conduta culposa, ou seja, não houve a intenção. A senhora fazia a coleta das substâncias vegetais na mata e no quintal de casa. A coleta era feita e não passava por um processo de lavagem. Era tão artesanal que a lavagem do recipiente não era adequada. Ela passava água no recipiente de refrigerante, adicionava a cachaça limpa e após isso comercializava. Segundo ela, há cerca de dois anos ela fazia a comercialização sem nenhum incidente", detalhou.
As mortes ocorreram entre os dias 21 e 23 de setembro deste ano, quando a cachaça também causou problemas de saúde para as próprias donas do bar, que precisaram ser internadas depois de beberem uma dose da cachaça. "Ela e a irmã fizeram o consumo e passaram mal, sendo atendidas pelo Hospital de Riachão do Dantas e, em seguida medicadas e liberadas. No dia 21, houve a venda para uma das vítimas, que veio a óbito. No dia seguinte, a venda para mais três pessoas que também passaram mal, sendo que houve novos óbitos", complementou o delegado.
O perito criminal Ricardo Leal, do IAPF, destacou que o trabalho pericial envolveu a análise dos recipientes onde a bebida estava armazenada. "Nesse caso, analisamos as três garrafas e um galão azul. Em apenas uma garrafa encontramos o veneno. Possivelmente, as vítimas ingeriram a cachaça que estava presente na mesma garrafa. A substância que encontramos é um praguicida, o metomil, utilizado no combate de pragas em algodão e hortaliças", salientou. 
O diretor do IML, Victor Barros, reforçou que o processo de identificação da substância contou com exames nos corpos das vítimas. "Constatamos na primeira morte a presença do praguicida. Em seguida, três pessoas também fizeram o uso da bebida alcoólica e vieram a falecer. O IML também fez a necropsia e a coleta de amostras biológicas, e encaminhou ao IAPF. Então foi feita a identificação de altas concentrações do composto, e foi apontada a causa da morte dessas pessoas", frisou. 
Desse modo, a causa da morte foi atestada como a ingestão da substância. As investigações resultaram no indiciamento da responsável pela venda da bebida alcóolica contaminada e do esposo dela pelo crime de adulteração ou falsificação de substância ou produto alimentício. O inquérito já foi encaminhado para análise do Ministério Público. 

 

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