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Sucessão tumultuada


Publicado em 26 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia


 

Embora negue a pretensão de ingerência sobre 
a Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro no
meou um amigo para o comando do órgão. Alexandre Ramagem tem boa relação com o presidente e os seus filhos. Ocorre que estes são alvo de inquéritos diversos sob a responsabilidade da Polícia Federal.
Não pega bem, para dizer o mínimo. Como diretor da Agência Brasileira de Informação (Abin), Ramagem tinha a obrigação institucional de municiar a presidência com dados de seu interesse. Agora, ao contrário, o cargo ocupado não serve ao Planalto, de modo imediato. À frente da PF é preciso alguém com total independência, sem rabo preso com o poder político.
Delegado de carreira da PF, Ramagem se aproximou da família Bolsonaro durante a campanha de 2018, quando comandou a segurança do então candidato à Presidência após a facada que ele sofreu em Juiz de Fora (MG). O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é um dos seus principais fiadores e esteve diretamente à frente da decisão que o levou ao comando da agência de inteligência, em junho passado.
Ao explicar a decisão de deixar o governo, dias atrás, o ex ministro Sérgio Moro acusou Bolsonaro de estar insatisfeito com a independência da PF, indisposta a observar as conveniências e os interesses pessoais do presidente. A acusação é muito grave. A controversa e tumultuada sucessão na PF, agora sob o comando de um aliado fiel do poder executivo, competência à parte, dá razão ao desafeto do Planalto.

Embora negue a pretensão de ingerência sobre  a Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro no meou um amigo para o comando do órgão. Alexandre Ramagem tem boa relação com o presidente e os seus filhos. Ocorre que estes são alvo de inquéritos diversos sob a responsabilidade da Polícia Federal.
Não pega bem, para dizer o mínimo. Como diretor da Agência Brasileira de Informação (Abin), Ramagem tinha a obrigação institucional de municiar a presidência com dados de seu interesse. Agora, ao contrário, o cargo ocupado não serve ao Planalto, de modo imediato. À frente da PF é preciso alguém com total independência, sem rabo preso com o poder político.
Delegado de carreira da PF, Ramagem se aproximou da família Bolsonaro durante a campanha de 2018, quando comandou a segurança do então candidato à Presidência após a facada que ele sofreu em Juiz de Fora (MG). O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é um dos seus principais fiadores e esteve diretamente à frente da decisão que o levou ao comando da agência de inteligência, em junho passado.
Ao explicar a decisão de deixar o governo, dias atrás, o ex ministro Sérgio Moro acusou Bolsonaro de estar insatisfeito com a independência da PF, indisposta a observar as conveniências e os interesses pessoais do presidente. A acusação é muito grave. A controversa e tumultuada sucessão na PF, agora sob o comando de um aliado fiel do poder executivo, competência à parte, dá razão ao desafeto do Planalto.

 

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