A erupção passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela (catapora) ou sífilis.
Suspeita de um caso de varíola dos macacos gera isolamento na capital
Publicado em 04 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Depois de duas análises terem testado negativo para a varíola dos macacos, o estado de Sergipe volta a ampliar os sinais de alerta em virtude de outro paciente apresentar suspeita para a doença. As suspeitas mais recentes foram registradas no final do mês passado. Na manhã de ontem, a prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), oficializou que uma pessoa apresentou os sintomas e precisou ser isolada enquanto o resultado das análises não for concluído.
A perspectiva por parte dos gestores municipais e estaduais é que essa resposta seja apresentada até o final da tarde de amanhã pelo laboratório responsável pela apuração. Waneska Barboza, secretária municipal da Saúde, destacou que a administração municipal está acompanhando com cautela o cenário.
De acordo com a gestora, desde o mês de junho deste ano – quando o índice da doença começou a atingir proporções maiores em todo o mundo -, a busca por informações sobre a varíola dos macacos foi impulsionada na capital sergipana. Com mais de 700 casos confirmados no Brasil, e nenhuma morte, oficialmente o estado de Sergipe segue sem nenhum caso registrado.
Esse trabalho de apuração deve receber reforço a partir da próxima semana, quando a Universidade Federal de Sergipe (UFS), deve receber um lote contendo 300 kits de teste para a doença. Endereçado ao Laboratório de Bioquímica Clínica (Labic), a instituição de ensino superior receberá esta doação por parte do governo da Corea do Sul.
“A prefeitura de Aracaju tem desenvolvido um trabalho diário e bastante minucioso para proteger melhor as pessoas, e, caso haja o teste positivo para a varíola dos macacos, ofertar de forma o tratamento adequado. No que se refere a este caso deu entrada na nossa rede municipal ontem [terça-feira, 02], o que podemos revelar é que ainda se trata de suspeito porque apresentou alguns sintomas associados à doença, como febre e dores musculares. Assim que o resultado for repassado, informaremos se foi positivo, ou negativo semelhante aos demais testes já realizados”, destacou a secretária. A princípio, a preocupação nacional envolve as unidades federativas que compõem a região Sudeste, em especial, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Os sintomas da varíola dos macacos são semelhantes aos da varíola, mas com menor gravidade: febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão, além de lesões na pele que se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para o corpo. Atualmente, de acordo com o próprio MS, o calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece a vacina, pois ela é considerada erradicada no Brasil desde a década de 1970. Para as pessoas que tomaram a dose nessa época, é possível que ainda exista algum tipo de proteção contra a varíola dos macacos. O governo federal ainda não se manifestou publicamente sobre a possibilidade de reativar o processo de vacina contra a varíola.