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TENÓRIO, A ¨LURDINHA¨ E O FORO PRIVILEGIADO
Publicado em 03 de dezembro de 2017
Por Jornal Do Dia
Tenório Cavalcanti, desde os anos quarenta, atravessando a década dos cinquenta até meados dos sessenta, foi um assíduo frequentador de páginas políticas e policiais da imprensa brasileira. Assim, inaugurava uma prática que agora tornou-se corriqueira. Famoso precursor da bandidagem explícita que se vai refugiar na atividade política em busca da proteção conferida pelos mandatos, Tenório nunca fez muita questão de ocultar as suas intenções. Pelo contrário,ostentando o poder que possuía e a certeza absoluta da impunidade, arrogante e desafiador, exibia o seu instrumento favorito de trabalho: a ¨lurdinha,¨ sua acariciada metralhadora. Jovem, ele tentou escapar da estreiteza dos horizontes da sua terra, Palmeira dos Índios, que logo ficaria conhecida como berço do grande escritor Graciliano Ramos.
Tenório fixou-se no Rio de Janeiro onde logo envolveu-se com o jogo do bicho e suas ações correlatas; formou-se em direito e tornou-se advogado de nordestinos pobres, que eram muitos na baixada fluminense. Fez de Duque de Caxias sua base de operações. Tornou-se líder político populista, construiu uma suntuosa casa, a Fortaleza, montou um jornal, Luta Democrática, de cujas páginas , se dizia, escorria sangue. Por isso mesmo era o mais vendido na periferia do Rio de Janeiro.
Tenório criou um tipo e dele fez a sua marca registrada: a capa preta que encobria a metralhadora .
Elegeu-se vereador, depois deputado estadual e federal. Candidatou-se a governador do Estado da Guanabara (como foi transformado o Distrito Federal após a transferência da capital para Brasília, em 1959) Carlos Lacerda foi o vencedor. Depois, candidatou-se ao governo do estado do Rio de Janeiro também sem sucesso.
Eleito deputado federal Tenório continuou usando o seu figurino favorito, a capa preta e a metralhadora ,segundo ele, o complemento elegante do traje parlamentar, com terno e gravata, tudo de acordo com o regimento, que todavia não previa o porte de armas pelos parlamentares. Atravessar-se no caminho do homem da capa preta, era arriscada ousadia quase sempre punida com a morte. Seus crimes contavam se às dezenas, entre eles a execução do delegado de polícia Albino Imparato.
Na Câmara protagonizou cenas de violência, uma delas,quando quis matar Antônio Carlos Magalhães que o chamara de ladrão, dono de puteiro, e bicheiro. ACM não correu, continuou xingando Tenório, mas mijou-se na calças. Nunca esquecido da vergonha, nem de odiar Tenório, e assim, depois do golpe de 1964, correu a pedir ao general Costa e Silva que colocasse o homem da capa preta na lista dos cassados, e isso foi feito, apesar de saber-se que a submetralhadora que Tenório usava era um modelo alemão que lhe fora presenteada pelo poderoso general Gois Monteiro, alagoano como ele, e também seu protetor.
Como se vê,a intocabilidade do mandato parlamentar sempre foi, e continua sendo, uma das causas das graves disfunções na nossa política.
A abrangência dessa imunidade limita-se agora aos atos e palavras relacionados ao exercício do mandato popular. É só isso. Mas, no Supremo Tribunal Federal, quando se decidia a manutenção ou restrição do foro privilegiado, o ministro Alexandre de Morais, defendeu a tese esdrúxula de que crimes de qualquer natureza cometidos pelos parlamentares durante o exercício do mandato só poderão ser investigados se as respectivas casas legislativas concordarem e permitirem Por sua vez, o ministro Dias Toffoli constatando que a maioria já decidira limitar o foro privilegiado, pediu vista, levou a papelada para casa, e com ela ficará até quando seus amigos, o presidente Temer, Aécio Neves, Padilha, Jucá, e diversos outros estiverem ameaçados de cair na jurisdição dos juízes Moro ou Marcelo Bretas.
Se vivo, ainda, Natalino Tenório Cavalcanti Albuquerque constataria que a sua metralhadora alemã se tornara um instrumento ineficiente, e iria aposentá-la como sucata inservível de um tempo em que o bandido – político ainda necessitava recorrer à força bruta, ao medo, ao terror, para manter subjugadas as chamadas forças da lei e da ordem .
Depois que a Confraria do Peculato chegou aos mais altos postos da República, não há mais o que recear. Tá tudo dominado.
Trocou-se a enferrujada ¨lurdinha ¨ amedrontadora pelas sedutoras malas recheadas, que circulam agora ainda mais livres, depois que o delegado Segóvia, novo chefe da Polícia Federal ofereceu o álibi: ¨Uma mala só não prova nada¨
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BELIVALDO E AS EMENDAS DE
QUATROCENTOS MILHÕES
O vice – governador Belivaldo Chagas foi ao sertão para instalar o CEAC – Móvel e entregar duas ambulâncias que foram emergencialmente solicitadas pelo prefeito de Canindé Ednaldo Vieira Barros ao Secretário da Saúde Almeida Lima. Fez tudo sem formalidades e rapidamente, porque o objetivo maior era mesmo reunir-se com muitas pessoas para ouvi-las sobre o problema do abastecimento de água que volta a se agravar. Participaram do encontro o prefeito Ednaldo, a deputada Goretti Reis e o deputado Jeferson Andrade, o Secretário da Agricultura Esmeraldo Leal, e o presidente da COHIDRO Jose Carlos Felizola, prefeitos, vereadores , representantes dos movimentos sociais, empresários e irrigantes do Projeto Califórnia e secretários do município.
Num momento de crise com a União o estado e os municípios sem recursos, ou talvez, da parte da União, utilizando-os seletivamente, ampliam-se as demandas e crescem as reclamações, agudizam-se os problemas sociais. No semiárido os efeitos da crise são mais duramente sentidos, porque a economia é frágil, depende de vários fatores, e o desemprego chega a ser alarmante. Em Canindé a situação é ainda mais grave porque a hidrelétrica de Xingó está quase paralisada, apenas com uma turbina funcionando, o São Francisco diminuindo a olhos vistos, e a Prefeitura perdeu a capacidade para manter uma frota de caminhões transportando água. Há regiões onde choveu pouco, as barragens estão secas, e não há água para beber, tanto para gente como para o gado. Só poucos caminhões operados pelo exército continuam tentando suprir a demanda sempre maior. O mesmo se repete em Poço Redondo, Porto da Folha,e por ai vai..
Belivaldo traçou um plano emergencial para dar maior eficiência logística ao transporte da água, contando apenas com a pequena frota disponível.
E para isso o Secretário da Agricultura vai entender-se com a coordenação do Exército no 28 º BC.
Há carência de recursos até para a contratação de mais caminhões, e Belivaldo referiu-se então a informação divulgada pelo senador Valadares de que ele e o deputado Valadares Filho anunciaram uma emenda de 300 milhões para o projetado Canal de Xingó, e mais ainda concretizaram antes, uma outra de 100 milhões para a CODEVASF, totalizando assim 400 milhões.
Belivaldo afirmou que não é contra o Canal de Xingó e torce para que a obra federal seja realizada , se possível em prazo muito mais curto do que o consumido pelo ainda incompleto Canal do Sertão, em Alagoas. Foram mais de vinte anos.
Para o canal de Xingó, esses 300 milhões não seriam tão relevantes, mas, para o semiárido aquele recurso, somado ao que foi para a CODEVASF, totalizando 400 milhões, representaria o fim do secular sofrimento causado pela estiagem. Lembrou Belivaldo que o governo do estado com escassez de recursos está lançando dois projetos importantes para a região. Um deles para a melhoria genética do rebanho leiteiro, outro, para assegurar a alimentação com o plantio da palma; além disso, há necessidade de serem perfurados mais poços artesianos, instalados mais dessalinizadores. Enquanto se aguarda pelo improvável Canal de Xingó,é urgente construir grandes barragens,em Carira, Pinhão, Simão Dias, Glória, Porto da Folha, Monte Alegre, recuperar ou ampliar, outras, como a Cuiabá, Pelado, Sempre Viva em Canindé, Bate Lata e Barra da Onça em Poço Redondo, além de barrar rios, plantar palma, algaroba, fazer a readequação dos perímetros Califórnia e Jacaré – Curituba, e mais ainda, ampliar um projeto de melhoramento genético do rebanho que transformaria o semiárido sergipano numa das maiores bacias leiteiras do nordeste. Essas ações, se completariam com a melhoria da infraestrutura para o turismo, a intensificação de pesquisas para localização de jazidas minerais economicamente aproveitáveis, e ainda projetos de recuperação da caatinga, e revitalização de rios e nascentes.Tudo isso está planejado, mas não há recursos disponíveis, tanto na área estadual como federal.
Se antes dialogassem com a população do semiárido, o senador e o deputado constatariam que ali o drama social é mais grave e urgente, e não será humanamente admissível que permaneçam esperando por um canal incerto e de alongada execução, enquanto lhe faltam desde água para beber a trabalho para que sobrevivam.
O senador Valadares e o deputado Valadares Filho, teriam se equivocado, como equivocados foram, quando destinaram cem milhões para a CODEVASF, uma empresa que construiu sistemas de esgotamento e os deixou sem tratamento, construiu obras no sertão que nunca funcionaram, e faz uma péssima gestão dos perímetros do Betume, onde se produz hoje menos arroz do que há 40 anos, somente nas ¨lagoas de arroz¨ do coronel Zeca Pereira.
Se esses 400 milhões fossem aplicados no semiárido, haveria uma mudança, uma quase revolução na economia local, e chegaria quase a zero a vulnerabilidade às secas. Sergipe agradeceria, e as pessoas ficariam menos descrentes na razoabilidade predominando na política.
Um senador e um deputado que têm essa capacidade invulgar de conseguir tantos recursos, poderiam ter dialogado mais com a sociedade sergipana, com os seus eleitores, e com o governo do estado e prefeitos. Por que não? Animosidades políticas não deveriam prejudicar o povo. Decidiram de forma unilateral, sozinhos, e já começam a responder pelo erro no caso da CODEVASF, e irão responder por outro calamitoso erro no caso do Canal de Xingó.
Valadares e Valadares Filho poderiam agora estar passando pelos municípios sertanejos à míngua de recursos, e aos sertanejos sofridos e desesperançados levando-lhes a certeza de que tudo a ser feito em beneficio deles com esses quatrocentos milhões de reais iria realmente acontecer.
Se o senador e o deputado federal tivessem sido iluminados pelo bom senso de perguntar aos sertanejos do semiárido o que eles gostariam que fosse feito com 400 milhões de reais, com certeza ouviriam todos a dizer-lhes: ¨Meus doutores, a gente precisa ter água pra beber e matar a sede da vaquinha, agora, hoje, desde ontem¨.
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SUCESSO QUANDO O
BOM SENSO PREVALECE
O senador Valadares e o deputado Valadares Filho, destinaram uma reduzida emenda, coisa talvez de 200 mil reais para que fosse estimulada a produção de uva de mesa e viníferas nos projetos Califórnia e Jacaré-Curituba, em Canindé e Poço Redondo. Foram 4 projetos, dois em cada perímetro. A ideia do cultivo da uva foi do engenheiro agrônomo Paulo Viana. Amigo, assessor de Valadares, Paulo foi seu Secretario da Agricultura e por ele indicado para o mesmo cargo nos governos de Marcelo Déda e Jackson Barreto.
Levi Bezerra, mais conhecido por Sidrack, nasceu em Glória de Dourado Mato Grosso do Sul. Seu pai, um alagoano de Santana do Ipanema deixou a sua terra e fez a longa viagem atéo oeste brasileiro, sonhando plantar café. Para escapar de conterrâneos raivosos que não admitiam quem a eles não se subordinasse,
Retornou à sua terra fixando-se em Delmiro Gouveia. Lá, aos sete anos,Sidrack começou a trabalhar, ao mesmo tempo fazendo o aprendizado da terra. Há 15 anos conseguiu um lote irrigado no Califórnia. Livrou-se do equivoco do plantio único do quiabo, diversificou o cultivo.
Produz goiaba, pimentão, mamão, pimenta, melancia, e agora uva. Sidrack foi um dos quatro escolhidos para a experiência de plantar videiras. Não é cultivo estranho ao nordeste. Petrolina, em Pernambuco, exporta uva, suco e vinho para dezenas de países.
A primeira safra já se aproxima, será nessa primeira quinzena de janeiro. Sidrack planeja colher sete e meia toneladas da uva Izabel no hectare que plantou. Começa a fazer experiências com herbicidas e espera chegar a ter êxito completo no uso exclusivo de orgânicos, mantendo saudável a planta com emprego correto de fertilizantes.
O êxito alcançado nesses 4 lotes com o cultivo da uva, é o resultado da emenda dos dois Valadares, destinada especificamente ao nosso semiárido. Houve no caso, poucos recursos sendo utilizados, todavia, com sensatez e racionalidade otimizaram-se os resultados.
Trabalham no projeto a EMBRAPA, CODEVASF, COHIDRO, e Secretarias de Agricultura dos dois municípios.
A uva começando a ser produzida, e que por certo ampliará a renda nos perímetros, pode ser vista como o exemplo mais concreto de que, quando se trocam as ¨vinhas da ira¨ – aqui parodiando o titulo de famoso livro do também famoso autor americano, John Steinbeck- pela semeadora vindima da racionalidade, e do bom senso prevalecendo sobre a raiva, logo surgem bons e imediatos resultados, mesmo com poucos recursos. O que não se alcançaria então com 400 milhões de reais?
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OS MINISTÉRIOS PÚBLICOS
E O HOSPITAL DE CIRURGIA
É óbvio que o Ministério Público Federal, estadual e do trabalho juntaram-se para que venha a ser finalmente examinada a caixa – preta dos chamados hospitais filantrópicos, tendo o Cirurgia como cabeça de fila. Faz muito tempo a enjoativa novela, ou peça mambembe de teatrinho suspeito vem sendo repetidamente encenada. O Cirurgia, especificamente, exercita uma contabilidade que é fator permanente de duvidas. Isso foi muito bem explicitado pelo técnico Edgar Motta quando encerrou o período de interventoria naquele hospital, após uma conturbada crise,
levando o então governador Albano Franco a decidir pela intervenção. Edgar escreveu um livro contando a experiência ao fim da qual foram sanados problemas que pouco depois voltaram a ser registrados. Não diríamos que o Cirurgia é um sumidouro de recursos, porque chegar a tanto seria desmerecer o virtuoso trabalho de profissionais respeitados e dedicados ao duro oficio que exercem. Mas é notório, sabido e bem sabido que interveniências, ou diríamos intercorrências, ali ocorriam movidas por interesses políticos, aliados também a outros objetivos. Ou seja: o pior dos cenários. O procurador Federal Ramiro Rockenbach e os demais do MP estadual e federal, estudam e reestudam há tempos o problema . Agora, em face da nova crise relacionada à controvérsia entre a Prefeitura de Aracaju e o Cirurgia, decidiram acionar a Justiça para que se faça uma alteração no modelo de gerenciamento dos recursos. A sugestão é para que o estado através da Secretaria da Saúde exerça essa gestão financeira. A conclusão imediata que se pode disso retirar é a de que estão dando resultados as providencias adotadas pelo Secretário Almeida Lima, visando tapar o ¨ralo¨da saúde e racionalizar os gastos.
No meio de toda essa até agora insanável controvérsia, surge a esperança de que a presença construtiva das três áreas do Ministério Público, na busca de soluções aponte para a possibilidade de uma gestão financeira menos susceptível, diríamos assim, a manipulações?
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NO RIO QUE DIMINUI, A
DRAGAGEM OPORTUNA
Uma draga já começou a remover terra e entulhos num total de quase um milhão de metros cúbicos que serão retirados só de dois trechos do rio São Francisco. Um no estratégico ponto onde se faz a travessia em balsas do povoado Niterói, em Porto da Folha Sergipe a Pão de Açúcar em Alagoas, outro, no trecho entre Penedo, Alagoas, e Neopólis, Sergipe, uma das partes mais largas do rio. O trabalho é efetuado pelo Ministério dos Transportes Portos e Aviação Civil. A passagem de Alagoas a Sergipe, entre Niterói e Pão de Açúcar, estava quase interrompida. Do lado alagoano o rio recuou mais de quinhentos metros. Há locais no meio do rio onde a profundidade não chega a um metro e meio. Por esse baixo São Francisco, quando a vazão ultrapassava os dois mil metros cúbicos por segundo, passavam navios de carga e passageiros, canoas de tolda, vapores de roda, quase iguais aos que cruzavam o rio Teneesse. Hoje, a vazão anda em torno dos 550 m³ e com viés de baixa, o que, se acontecer, interromperá a ultima turbina em operação na hidrelétrica de Xingó, e fará o mar avançar ainda mais rio a dentro.
Há coisa de dois meses o governador de Alagoas Renan Filho, descia o rio desde Piranhas numa lancha que fazia variadas manobras para livrar-se dos baixios. Ia a bordo o empresário Manoel Foguete. Na ocasião ele disse ao governador que tinha pronta quase toda a batimetria do baixo São Francisco, porque por ali navegam esforçadamente as suas escunas e catamarãs vindas dos estaleiros para operarem no lago de Xingó, nas alturas da barragem, onde chega
m depois de complicadas operações envolvendo guindastes e carretas. Manoel Foguete listou para o governador alguns pontos críticos do rio que impediam a navegação e se ali fosse colocada de forma permanente uma draga simples, de pequeno porte, sugeriu,a navegabilidade poderia ser restabelecida para lanchas em toda a parte baixa do rio.
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UMA EXPECTATIVA
DESFEITA NO STJ
A ex-deputada e agora Conselheira do Tribunal de Contas Angélica Guimarães, levou um susto no inicio da votação no STJ, ao ouvir o duro relatório apresentado pelo Ministro Benedito Gonçalves, logo seguido pelo Ministro João Otávio Noronha que excluiu os outros réus mas manteve a condenação a Angélica. O pedido de vistas pelo Ministro Raul Araújo deu um alívio, mas a ex-deputada sentiu-se, segundo pessoas amigas, de certa forma traída por políticos influentes que a ela tinham desenhado um quadro bem mais favorável. A situação se torna mais complicada ainda porque a qualquer momento pode ser determinado o afastamento de Angélica, até que se conclua o julgamento, que deverá ultrapassar este ano que já se finda.
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O TROGLODITA AMERICANO
Em menos de um ano de mandato o troglodita Donald Trump já multiplicou conflitos e gerou inimizades, até entre os mais tradicionais aliados dos Estados Unidos, como a Inglaterra, outrora metrópole e agora sempre submissa encabulada. Trump é um furacão das irracionalidades, preconceitos e visões totalitárias da extrema direita. Estimula movimentos de supremacia branca, reativa os ódios raciais que estavam contidos, dá argumentos aos inimigos dos Estados Unidos, radicaliza ainda mais o terrorismo. Trump oferece ao mundo o mais desastroso exemplo do que podem fazer governantes movidos pelo ódio, pela intolerância, pela ideia nefasta de que através da força tudo se resolve.
O que ocorre na mais forte e rica nação do mundo, deveria fazer com que aqui, os entusiasmados com as sandices de Bolsonaro, começassem a rever suas posições, e saíssem em busca de uma saída para o Brasil construída com tolerância, convicção democrática e respeito absoluto à liberdade de opinião, aos cultos religiosos e às opções sexuais, livrando-nos do radicalismo estúpido que desumaniza e torna o mundo um inferno de odiosidades devastadoras. Sem paz, entendimento, fraternidade, perdemos todos a condição de seres inteligentes.
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AS LOJAS DE CONVENIENCIA POPULARES
Em torno da chamada estação Rodoviária Velha formou-se, a céu aberto, uma enorme área de conveniência para a população que circula pelo centro da cidade. Ali estão quiosques onde quase tudo se encontra à venda, desde alimentos à quinquilharias. As pessoas chegando ou saindo do trabalho, por ali passam e compram. Os preços são convidativos, as vantagens evidentes. Mas há um tumulto urbano que precisa ser evitado, e o prefeito Edvaldo quer readequar a área. Os vendedores não gostaram da alternativa que lhes teria sido oferecida: irem todos para o lado do Mercado Municipal onde há um terminal de passageiros, da mesma forma como existe outro no local onde agora estão. Mas há diferenças porque no centro da cidade o movimento é muito maior. Não é fácil, mas a Prefeitura deveria buscar uma alternativa que permitisse.com adaptações e melhorias, a continuação da “feira de conveniências” na área onde hoje se encontra, e reduzindo-se os transtornos que causa ao transito. Talvez mais importante do que facilitar o transito ali, seja assegurar a manutenção dos empregos e o acesso fácil às compras, beneficiando a grande massa das pessoas de baixa renda.
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O BNB VAI AO CLIENTE NO SEMIÁRIDO
Não é comum um superintendente de um grande banco deslocar-se de onde está, confortavelmente instalado, para ir longe, percorrer mais de 200 quilômetros e numa temperatura beirando os 40º fazer exposição, responder às perguntas, dialogar amplamente com pessoas interessadas em conhecer as linhas de crédito e sobretudo como solucionar dívidas da melhor forma possível. Isso foi exatamente o que fez o Superintendente em Sergipe do Banco do Nordeste do Brasil, indo a Canindé para reunir-se com pequenos empresários, comerciantes, agricultores, pecuaristas, líderes da comunidade, o prefeito.
Antônio Cezar de Santana o festejado novo Superintendente do BNB, tomou essa iniciativa, que, segundo seus assessores faz parte do seu cotidiano de gestor.
Ate agora, pelo sertão com sol causticante e calor esbraseado de dezembro, só apareceram além dos dirigentes do BANESE com Fernando Motta à frente, o sergipano e propriaense, Antônio Cezar, com toda uma diligente equipe. Talvez Cezar aja dessa forma, porque, sendo filho de um casal muito pobre e que formou todos os filhos, deve compreender melhor o que significam , as vezes, um pequeno financiamento liberado, ou o ajuste amigável de uma divida para um pequeno produtor, perdido nas lonjuras do semiárido.
No meio da reunião chegou o advogado e pecuarista Carlos Rodrigues Porto da Cruz, um tradicional selecionador de gado Nelore. Veio de Aracaju, segundo disse, querendo dar um depoimento pessoal sobre a importância do BNB para Sergipe. Chegou de surpresa, e com surpresa também, encontrou-se com velhos amigos.