Tentando fincar bandeira no Rio de Janeiro, JEBS chegam ao fim
Publicado em 05 de novembro de 2021
Por Jornal Do Dia
Nesta sexta-feira (5), o Rio de Janeiro se despede dos Jogos Escolares Brasileiros de 2021 e de seus protagonistas, os jovens estudantes/atletas com idades entre 12 e 14 anos. Ao mesmo tempo em que eles retornam para casa, a Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE), responsável pela organização do evento, já pensa em como garantir mais edições do JEBS. E tem uma preferência: manter a realização dos Jogos no Rio de Janeiro.
“Nosso interesse é fixar os Jogos aqui. E por que o Rio de Janeiro? Porque todas as crianças querem conhecer a Cidade Maravilhosa. Além disso, o Brasil precisa dar utilidade a essas instalações do legado olímpico”, diz o presidente da CBDE, Antônio Hora Filho.
Segundo o dirigente, o orçamento para a realização da edição 2021 (a primeira desde 2004) foi dividido entre patrocinadores, emendas parlamentares e recursos do Governo Federal. As duas primeiras partes já teriam demonstrado interesse em manter o apoio para que o evento volte a acontecer anualmente, se possível no Rio. O plano perfeito é usar a edição de 2022 como evento-teste para a Gymnasíade sub-15 (que são os Jogos Escolares Mundiais para jovens com menos de 15 anos) de 2023, que já está confirmada para a cidade.
Um dos destaques nas modalidades coletivas (como handebol, futsal e vôlei) foi um sistema que garantiu que, em cada um desses esportes, 12 estados, ou seja, quase a metade dos 27 representados no evento, saísse com uma medalha. As equipes foram inicialmente divididas em grupos. Os primeiros colocados dos grupos migravam para a Série Ouro. Os segundos, para a Prata. Os terceiros, para a Bronze. E os quartos para a Cobre. Cada série contou com o próprio pódio destacado. Com isso, ao invés de apenas três equipes conquistarem medalhas, foram 12.
“Acompanhando as premiações, vimos meninos e meninas felizes, por exemplo, com a prata na Série Bronze. No formato anterior, essas crianças teriam terminado em 19º, 20º, e não voltariam com medalha”, declara Hora Filho.
Um caso de equipe beneficiada por esse sistema foi o time feminino de futsal de Tocantins. As representantes do estado eram alunas da Escola Estadual Indígena Mãtyn, de Tocantinópolis. Além do contato com uma cultura completamente diferente, elas conseguiram o bronze na Série Prata.