Quinta, 15 De Maio De 2025
       
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TJSE manifesta "interesse" em investigações da "Operação Valquíria"


Publicado em 28 de agosto de 2013
Por Jornal Do Dia


Em um pronunciamento muito curto, o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) manifestou ter "total interesse" nas investigações que a Polícia Civil fará sobre suspeitas de tráfico de influência que envolveriam funcionários do órgão e alguns dos investigados pela "Operação Valquíria", que prendeu 32 acusados de integrar uma grande quadrilha envolvida em crimes de agiotagem, estelionato, pistolagem, roubo de cargas e tráfico de drogas.
A suspeita foi levantada pelos delegados que lideraram as investigações, quando estes afirmaram que a concessão de liminares e habeas-corpus para libertar alguns dos investigados "atrapalhou" o andamento das apurações da polícia. Por meio da assessoria, o TJSE disse apenas que vai aguardar o resultado do inquérito policial para tomar uma decisão, e que não vai tomar a iniciativa de fazer uma investigação própria, permitindo que isso seja feito pela própria Polícia Civil.
Durante a entrevista coletiva de divulgação dos resultados da "Valquíria", foram citados alguns casos de integrantes da quadrilha que chegaram a ser presos durante as investigações, mas foram soltos em pouco tempo, por meio de liminares obtidas durante plantões judiciários mantidos pelo TJSE aos finais de semana. Um dos casos foi o de Jamysson de Andrade Sampaio, o "Negão", 36 anos, que foi preso em 3 de dezembro de 2012 em Cristinápolis (Sul), com 54 quilos de crack e documentos falsos.  
"Pra você ter uma ideia, prendemos Jamisson, e em menos de 30 dias ele foi solto, em um plantão judiciário. Com certeza, essas liberações sempre prejudicam a investigação. A quadrilha se vangloria de ter vários contatos no meio jurídico e utiliza-se desse tráfico de influência para liberar estas pessoas. São fatos que vamos investigar posteriormente", disse o delegado Marcelo Cardoso, da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), confirmando que estas suspeitas não tinham sido apuradas anteriormente.
"A pretexto de obter a soltura destes indivíduos que foram presos no curso desta operação, havia um consórcio de agiotas, ladrões de cargas e homicidas, com o objetivo de patrocinar a soltura destes indivíduos. Patrocínio esse que, muitas vezes, alguns da organização, incluindo os que iriam movimentar o Judiciário, diziam que precisavam para patrocinar advogados ou para corromper alguns servidores do Judiciário. Não estou falando do Poder Judiciário de Sergipe, da Bahia ou de Pernambuco. Estou dizendo que existem nos autos provas incontestes de que pessoas investigadas faziam esses argumentos para cobrar mais dinheiro da quadrilha, a pretexto de obter esses favores", esclareceu o diretor da Divisão de Inteligência Policial (Dipol), Gilberto Guimarães.  (Gabriel Damásio)

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