O médico infectologista Marco Aurélio Góes é o novo diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde
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Três em cada quatro consumidores vão manter nível reduzido de consumo no pós-pandemia
Publicado em 09 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia
O medo de perder o emprego e a in
tenção de manter reduzido o nível
de consumo no cenário pós-coronavírus podem dificultar a retomada da economia. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústral (CNI) revela que praticamente metade dos trabalhadores (48%) tem medo grande de perder o emprego. Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77%. Muitos dos entrevistados já sentiram o efeito da crise no bolso. Do total de entrevistados, 23% já perderam totalmente a renda, e outros 17% tiveram redução no ganho mensal. Isso significa dizer que quatro em cada 10 brasileiros acima de 16 anos perderam poder de compra desde o início da pandemia.
A pesquisa da CNI, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, mostra que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzirem, durante este atual período de isolamento social na maioria dos estados brasileiros, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior à pandemia.
Perguntada sobre como pretende se comportar no futuro, a maioria dos brasileiros (percentuais que variam de 50% a 72%) planeja manter no pós-Covid o nível de consumo adotado durante o isolamento, o que pode indicar que as pessoas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras que tinham antes. Mas alguns segmentos podem ter uma volta mais acelerada. Ao todo, 46% dos brasileiros pretendem aumentar o consumo de, pelo menos, cinco itens do total de 15 testados após o fim do isolamento social. No total, 57% pretendem aumentar o patamar de consumo de ao menos um item, enquanto 44% afirmam que não aumentarão o nível de gasto com nenhum dos itens pesquisados.
Apesar das perdas econômicas, os dados mostram que a população brasileira segue favorável ao isolamento social (86%) e quase todo mundo (93%) mudou sua rotina durante o período de isolamento, em diferentes graus. No cenário pós-pandemia, só 30% dos brasileiros falam em voltar a uma rotina igual à que tinham antes. Sobre o retorno ao trabalho após o fim do isolamento social, a maior parte dos trabalhadores formais e informais (43%) afirma sentir-se segura, enquanto 39% se dizem mais ou menos seguros e apenas 18%, inseguros.
Quase todos os entrevistados (96%) consideram importante que as empresas adotem medidas de segurança, como a distribuição de máscaras e a adoção de uma distância mínima entre os colaboradores. E, para 82% dos trabalhadores, essas medidas serão eficientes para proteger os empregados.
Um dado preocupante apontado pela pesquisa é o endividamento, que atinge mais da metade da população (53%). O percentual é a soma dos 38% que já estavam endividados antes da pandemia e os 15% que contraíram dívidas nos últimos 40 dias, período que coincide com o início do isolamento social. E, dentre quem tem dívida, 40% afirmam que já estão com algum pagamento em atraso, sendo que a maioria destes (57%) passou a atrasar suas parcelas nos últimos 40 dias. De maneira geral, 9 em cada 10 entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira.
O levantamento foi realizado pelo Instituto FSB Pesquisa com 2.005 pessoas de todas as Unidades da Federação entre os dias 02 e 04 de maio e tem margem de erro de dois pontos percentuais. Em virtude do próprio isolamento social, as entrevistas foram realizadas por telefones fixos e móveis, em amostra representativa da população brasileira a partir de 16 anos.
O medo de perder o emprego e a in tenção de manter reduzido o nível de consumo no cenário pós-coronavírus podem dificultar a retomada da economia. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústral (CNI) revela que praticamente metade dos trabalhadores (48%) tem medo grande de perder o emprego. Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77%. Muitos dos entrevistados já sentiram o efeito da crise no bolso. Do total de entrevistados, 23% já perderam totalmente a renda, e outros 17% tiveram redução no ganho mensal. Isso significa dizer que quatro em cada 10 brasileiros acima de 16 anos perderam poder de compra desde o início da pandemia.
A pesquisa da CNI, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, mostra que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzirem, durante este atual período de isolamento social na maioria dos estados brasileiros, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior à pandemia.
Perguntada sobre como pretende se comportar no futuro, a maioria dos brasileiros (percentuais que variam de 50% a 72%) planeja manter no pós-Covid o nível de consumo adotado durante o isolamento, o que pode indicar que as pessoas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras que tinham antes. Mas alguns segmentos podem ter uma volta mais acelerada. Ao todo, 46% dos brasileiros pretendem aumentar o consumo de, pelo menos, cinco itens do total de 15 testados após o fim do isolamento social. No total, 57% pretendem aumentar o patamar de consumo de ao menos um item, enquanto 44% afirmam que não aumentarão o nível de gasto com nenhum dos itens pesquisados.
Apesar das perdas econômicas, os dados mostram que a população brasileira segue favorável ao isolamento social (86%) e quase todo mundo (93%) mudou sua rotina durante o período de isolamento, em diferentes graus. No cenário pós-pandemia, só 30% dos brasileiros falam em voltar a uma rotina igual à que tinham antes. Sobre o retorno ao trabalho após o fim do isolamento social, a maior parte dos trabalhadores formais e informais (43%) afirma sentir-se segura, enquanto 39% se dizem mais ou menos seguros e apenas 18%, inseguros.
Quase todos os entrevistados (96%) consideram importante que as empresas adotem medidas de segurança, como a distribuição de máscaras e a adoção de uma distância mínima entre os colaboradores. E, para 82% dos trabalhadores, essas medidas serão eficientes para proteger os empregados.
Um dado preocupante apontado pela pesquisa é o endividamento, que atinge mais da metade da população (53%). O percentual é a soma dos 38% que já estavam endividados antes da pandemia e os 15% que contraíram dívidas nos últimos 40 dias, período que coincide com o início do isolamento social. E, dentre quem tem dívida, 40% afirmam que já estão com algum pagamento em atraso, sendo que a maioria destes (57%) passou a atrasar suas parcelas nos últimos 40 dias. De maneira geral, 9 em cada 10 entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira.
O levantamento foi realizado pelo Instituto FSB Pesquisa com 2.005 pessoas de todas as Unidades da Federação entre os dias 02 e 04 de maio e tem margem de erro de dois pontos percentuais. Em virtude do próprio isolamento social, as entrevistas foram realizadas por telefones fixos e móveis, em amostra representativa da população brasileira a partir de 16 anos.
Mais autoridades
Mais duas autoridades sergipanas forma diagnosticados com a covid-19: o procurador geral do estado, Vinícius Oliveira, e a delegada geral da Polícia Civil, Katarine Feitoza. Já estavam cumprindo quarentena em tratamento da doença a vice-governadora Eliane Aquino, o secretário de governo, Carlos Felizola e a sua mulher Patrícia, filha do governador Belivaldo Chagas, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luciano Bispo, o líder do governo, deputado Zezinho Sobral, e o diretor geral da Alese, Roberto Bispo. Todos passam bem.
Teoria
Do senador Rogério Carvalho, líder do PT: "?Não se enganem, não existe "problema técnico" no pagamento do auxílio emergencial. O que existe é um projeto do Governo Bolsonaro de deixar o povo sem assistência, obrigando saírem de casa para buscar o sustento, desencorajando o isolamento social! ".
Lockdown
O governo precisou desmentir ontem boatos nas redes sociais sobre a possível decretação de lockdown – fechamento total – no estado de Sergipe, em função do coronavírus. Em nenhum momento o governo discutiu essa possibilidade. Ao menos por enquanto.
Empresários
Os líderes empresariais de Sergipe não parecem muito convencidos da viabilidade da reabertura das atividades comerciais no estado. Na quarta-feira, o presidente da Fecomércio, deputado Laércio Oliveira, comandou um debate por videoconferência com o ex-ministro e deputado Osmar Terra, negacionista e um dos maiores incentivadores do presidente Jair Bolsonaro contra o isolamento social no combate ao coronavírus.
Equívoco
Para Osmar Terra, a maneira que está sendo conduzido o combate ao vírus é equivocada. Ele entende que faltam informações científicas que comprovem a efetividade da quarentena ou do lockdown. "Não sabem que é muito mais fácil de se contaminar dentro de casa do que fora. Todos os países que tomaram essa decisão radical tiveram um resultado horroroso", defendeu.
Exemplos
Terra disse que a Itália explodiu o número de casos depois que impôs o lockdown. "Fecharam Nova Iorque em estado de sítio. Na Europa, a Suécia teve um resultado muito melhor sem fechar nada e tomando os cuidados individuais. Estamos em um movimento completamente irreal, que não resolve nada. Não tem nenhuma comprovação científica. Isso não é ciência, é achismo", criticou.
Decretos
O deputado, que já ironizou o número de mortos pela doença, disse que "o vírus não dá bola para decreto de governador. Quando ele chegar no pico, irá cair a quantidade de infectados. Se suspender a quarentena e adotar as medidas de prevenção, não alterará a curva. Os casos irão aumentar com quarentena ou sem quarentena. Mas se reabrirmos o comércio, pelo menos não iremos quebrar a nossa economia".
Apoio
O deputado federal Laércio Oliveira acha que o governo precisa chamar a iniciativa privada e as associações para buscar parcerias e para distribuir com todos esses organismos a responsabilidade. "Se o Governo abrir o shopping, há uma corresponsabilidade para adoção de medidas para o funcionamento, por exemplo", afirmou.
Prontos
Marco Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e da Acese, também entendeu que o comércio e as empresas estão prontos para voltar às atividades normalmente. "Sabemos da seriedade dessa doença, mas se todos tomarem os cuidados podemos sim retomar a normalidade. São as mesmas condições de abrir o pequeno negócio assim como abriram os grandes supermercados e tantos outros empreendimentos. Acredito que a ideia do apoio à testagem de funcionários com o custo pelas empresas seja uma forma de contribuir no controle da pandemia e combate ao Coronavírus", destacou Pinheiro.
Professores
O Sintese enviou ofício ao Tribunal de Contas de Sergipe solicitando que o pleno da corte de contas intervenha junto aos municípios para garantir o emprego e renda dos professores e professoras contratados temporariamente na rede estadual e também nas redes municipais. A expectativa do sindicato é que o TCE/SE aprove resolução orientando os municípios que mantenham os contratos temporários de professores neste momento. Pois é somente com essa ação a sobrevivência deste contingente de trabalhadores e trabalhadoras será assegurada.
Demissões
Em nota, o sindicato informa que por conta da pandemia, centenas de docentes entraram em contato com o sindicato denunciando que seus contratos foram extintos. Para o Sintese, encerrar os contratos destes professores e professoras no momento em que o país está mergulhado nos esforços de combater a pandemia do coronavírus é uma decisão equivocada. "É preciso lembrar que os municípios têm como obrigação constitucional (a exemplo da União e dos Estados) de garantir o bem-estar da população", destaca.
Desumano
"Deixar estes trabalhadores e trabalhadoras à própria sorte (pois não há possibilidade de terem outro tipo trabalho e, consequentemente, de salário) é cruel e desumano, pois está negando-os o direito à vida, pois é com os salários que eles garantem à sobrevivência das famílias. Para nós é fundamental que eles não percam a sua única fonte de sustento, pois neste momento estamos em defesa incondicional da vida", afirma Ivonete Cruz, presidenta do Sintese.
Quem financia
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de instauração de um inquérito para verificar o esquema de financiamento e a natureza de atos antidemocráticos promovidos por bolsonaristas em Brasília. A autorização para abertura do inquérito partiu do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a realização de diligências mantendo a investigação em sigilo. Moraes, desta forma, decide novamente contra os bolsonaristas. Foi ele quem suspendeu, com base em ação do PDT, a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
Vigilância
O médico infectologista Marco Aurélio Góes assumiu ontem a Diretoria de Vigilância em Saúde ( DVS) da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Substitui Mércia Feitosa, secretária interina da Saúde. Marco Aurélio já atua na linha de frente do combate ao coronavírus no Estado."O meu objetivo é manter um trabalho de vigilância que já existe, lembrando que temos várias outras situações, continuamos tendo outros agravos como a tuberculose, hanseníase, dengue, acidentes de trabalho, ou seja, agora temos tudo isso em um contexto de pandemia que precisa de uma mobilização especial", disse Marco Aurélio.
Com agências