Terça, 21 De Janeiro De 2025
       
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Trinta anos na balança


Publicado em 23 de agosto de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Sem medo de olhar para trás.

Rian Santos – riansantos@jornaldodiase.com.br
 
O tempo passa, empenhado em pintar de branco o cabelo dos homens, determinado a arruinar com paciência e umidade todas as paredes, só para evocar aqui um verso de Drummond. Sim, o tempo passa, obstinado.Feliz de quem, após trabalhar com igual afinco, não teme olhar para trás.
O artista Fabio Sampaio é destes. Destemido, ele investiu todo o quinhão de sensibilidade que lhe cabia numa pequena chance de criar uma linguagem visual. Apostou alto, todo o seu talento, a própria vida. E não poderia ter sido mais feliz.
 
Trinta anos de tinta– Ao longo de três décadas, Fabio Sampaio vem construindo uma poética singular, na qual as noções de pertencer e transplantar são enigmáticas e fundamentais. Uma das primeiras obras premiadas da sua carreira, criada há 25 anos, incorporada ao acervo da Pinacoteca Prof. Luiz Alberto dos Santos, é agora novamente exposta no Centro de Cultura e Arte – CULTART, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
“Assemblage para Antônio Maia” foi o vencedor do XIII Salão Nacional de Artes Plásticas de Aracaju, realizado em 1998 pela Universidade Federal de Sergipe. A obra reflete o fascínio de Fabio Sampaio pelos ex-votos desse artista sergipano, nascido em Carmópolis, em 1928. O artista morou no Rio de Janeiro, onde alcançou a fama, sendo considerado até hoje um dos mais expressivos pintores figurativos brasileiros. 
“Essa obra é muito emblemática para mim porque o momento de criação dela aconteceu durante uma viagem enquanto eu sentia a presença efêmera do cheiro do pavio de velas queimando. Foi aí que reconstruí a imagem de ex-votos de Antônio Maia, transmutando uma sensação em assemblages”, afirmou Fabio Sampaio.
A obra faz parte da exposição “Sergipe Plural”, que marca a reabertura do CULTART. O espaço, com visitação de segunda à sexta, das 10h às 15h, ficou fechado durante a pandemia de Covid-19 e, posteriormente, passou por um longo período de reformas. A obra de Fabio novamente exposta, assim como  toda a mostra, realiza, portanto, um balanço criativo, um esforço vital.
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