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UFS identifica caso de síndrome de Guillain-Barré associada à covid-19


Publicado em 19 de maio de 2021
Por Jornal Do Dia


 

UFS identifica caso de síndrome de Guillain-Barré associada à covid-19 
Pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe(UFS) documentaram um caso inédito de síndrome de Guillain-Barré associada à covid19. Trata-se do primeiro relato científico no mundo em que o material genético do SarsCoV-2 foi identificado no fluido cérebro espinhal, também conhecido como líquor, da paciente com a complicação neurológica, segundo o estudo divulgado no último sábado,15, na revista cientifica The Pediatric Infectious Disease Journal, uma das mais conceituadas da área, ligada à Sociedade Européia de Doenças Infecciosas Pediátricas.
O caso relatado na publicação é de uma adolescente de 17 anos, de Aracaju. Ointervalo entre o início dos sintomas da infecção causada pela covid-19 e o surgimentode condições neurológicas provocadas pela Guillain-Barré foi de apenas uma semana.A identificação do RNA do vírus causador da covid-19 no líquor – responsável porproteger, lubrificar e nutrir o sistema nervoso, preservando as estruturas cerebrais  emedulares – confirmou, pela primeira vez, a hipótese de que a infecção pelo Sars-CoV2 pode desencadear a síndrome rara por invasão viral direta no tecido nervoso.
"Alguns casos dessa doença rara têm sido diagnosticados em pessoas com covid-19 em todo o mundo, mas o entendimento até o momento é de que a patogênese desta condição neurológica quando associada à covid-19 era apenas imunomediada. Este estudo acrescenta informações importantes sobre a forma como o novo coronavírus pode levar a alterações no sistema nervoso", explica o líder da pesquisa e chefe do laboratório de Patologia Investigativa da UFS, professor Paulo Ricardo Martins Filho.
Ao todo, sete pesquisadores participaram do estudo. Até a publicação desse relato, eles levantaram 42 casos de pacientes com a síndrome rara associada à covid-19 no mundo. Porém, diferentemente do caso relatado em Sergipe, os 25 pacientes submetidos à coleta do líquor tiveram o resultado negativo para a presença do RNA do Sars-CoV-2 nolíquido cerebroespinhal.
Em fevereiro deste ano, a adolescente apresentou febre, dor abdominal, náusea e diarreia severa. Oito dias depois ela procurou atendimento no serviço de emergência deum hospital de Aracaju com histórico de 48 horas de fortes dores lombares e fraquezanas extremidades do corpo com perda de força e equilíbrio nos braços e pernas.Na ocasião, os resultados do exame RT-PCR das amostras tanto das vias respiratórias quanto do fluido cerebroespinhal da paciente, processadas junto ao Laboratório Centralde Saúde Pública do Estado de Sergipe (Lacen-SE), deram positivo para Sars-CoV-2.
A síndrome – Guillain-Barré é um distúrbio autoimune, no qual o sistema imunológico ataca osnervos do próprio corpo, tendo origem geralmente por uma infecção anterior à síndrome. O risco provocado pela doença se eleva quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, podendo levar a pessoa à morte ao comprometer ofuncionamento do coração e dos pulmões.Há cinco anos, o Brasil sofreu um aumento expressivo no número de diagnósticos da doença por causa da associação à epidemia do zika Vírus. Porém, ainda não há registrosoficiais sobre a incidência da síndrome rara na população brasileira. (Josafá Neto/Rádio UFS)

Pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe(UFS) documentaram um caso inédito de síndrome de Guillain-Barré associada à covid19. Trata-se do primeiro relato científico no mundo em que o material genético do SarsCoV-2 foi identificado no fluido cérebro espinhal, também conhecido como líquor, da paciente com a complicação neurológica, segundo o estudo divulgado no último sábado,15, na revista cientifica The Pediatric Infectious Disease Journal, uma das mais conceituadas da área, ligada à Sociedade Européia de Doenças Infecciosas Pediátricas.
O caso relatado na publicação é de uma adolescente de 17 anos, de Aracaju. Ointervalo entre o início dos sintomas da infecção causada pela covid-19 e o surgimentode condições neurológicas provocadas pela Guillain-Barré foi de apenas uma semana.A identificação do RNA do vírus causador da covid-19 no líquor – responsável porproteger, lubrificar e nutrir o sistema nervoso, preservando as estruturas cerebrais  emedulares – confirmou, pela primeira vez, a hipótese de que a infecção pelo Sars-CoV2 pode desencadear a síndrome rara por invasão viral direta no tecido nervoso.
"Alguns casos dessa doença rara têm sido diagnosticados em pessoas com covid-19 em todo o mundo, mas o entendimento até o momento é de que a patogênese desta condição neurológica quando associada à covid-19 era apenas imunomediada. Este estudo acrescenta informações importantes sobre a forma como o novo coronavírus pode levar a alterações no sistema nervoso", explica o líder da pesquisa e chefe do laboratório de Patologia Investigativa da UFS, professor Paulo Ricardo Martins Filho.
Ao todo, sete pesquisadores participaram do estudo. Até a publicação desse relato, eles levantaram 42 casos de pacientes com a síndrome rara associada à covid-19 no mundo. Porém, diferentemente do caso relatado em Sergipe, os 25 pacientes submetidos à coleta do líquor tiveram o resultado negativo para a presença do RNA do Sars-CoV-2 nolíquido cerebroespinhal.
Em fevereiro deste ano, a adolescente apresentou febre, dor abdominal, náusea e diarreia severa. Oito dias depois ela procurou atendimento no serviço de emergência deum hospital de Aracaju com histórico de 48 horas de fortes dores lombares e fraquezanas extremidades do corpo com perda de força e equilíbrio nos braços e pernas.Na ocasião, os resultados do exame RT-PCR das amostras tanto das vias respiratórias quanto do fluido cerebroespinhal da paciente, processadas junto ao Laboratório Centralde Saúde Pública do Estado de Sergipe (Lacen-SE), deram positivo para Sars-CoV-2.

A síndrome – Guillain-Barré é um distúrbio autoimune, no qual o sistema imunológico ataca osnervos do próprio corpo, tendo origem geralmente por uma infecção anterior à síndrome. O risco provocado pela doença se eleva quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, podendo levar a pessoa à morte ao comprometer ofuncionamento do coração e dos pulmões.Há cinco anos, o Brasil sofreu um aumento expressivo no número de diagnósticos da doença por causa da associação à epidemia do zika Vírus. Porém, ainda não há registrosoficiais sobre a incidência da síndrome rara na população brasileira. (Josafá Neto/Rádio UFS)

 

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