Quinta, 10 De Abril De 2025
       
**PUBLICIDADE


Um abraço na Maria Scombona


Publicado em 08 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia


A Maria Scombona, em pleno vôo

 

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
As lives da quarente
na não me pega
ram. Todos os dias, artistas de todas as partes do mundo abrem as portas de casa, a fim de se entreterem e entreter os ociosos. Em falta com os livros, os filmes e discos que ainda preciso conhecer, eu passo, satisfeito comigo mesmo.
Nada me impede, entretanto, de buscar consolo no abraço certo de velhos amigos. Último domingo, por exemplo, enquanto o cantor e compositor Henrique Teles participava de uma live solidária promovida pelo coletivo Ensaio Secreto, eu ouvi a discografia inteira da banda Maria Scombona. As cervejas poucas acabaram, a música não.
A Maria teve as asas cortadas em pleno vôo. ‘Un Nu’ é o ponto alto na discografia da banda. Embora conserve certa coerência, preservando alguns elementos fundamentais, a discografia aqui em questão registra formações e escolhas diferentes. Com a voz de Henrique desenterrada por obra e graça da correta acentuação das palavras, no entanto, a banda reafirma o apreço pela composição enquanto valor fundamental.
Não nos referimos a qualquer banda. Falamos das linhas de guitarra de Saulo Ferreira, mais o groove de Robson Souza (baixo) e Rafael Jr (bateria). Se a trinca de Ás da nossa música instrumental dobrou os joelhos para reverenciar os sopapos da inspiração, melhor imitar o gesto, calado.
O desprendimento deu muito certo. A Maria nunca se apresentou tão confortável e caceteira. Uma banda despida de artifícios, com competência e cara dura para gravar o disco inteiro num tapa, sem os excessos dos overdubs, amparada exclusivamente pelos calos dos músicos e pela naturalidade expressa no sotaque de um compositor à vontade para soltar o verbo como bem entender.

Rian Santos

As lives da quarente na não me pega ram. Todos os dias, artistas de todas as partes do mundo abrem as portas de casa, a fim de se entreterem e entreter os ociosos. Em falta com os livros, os filmes e discos que ainda preciso conhecer, eu passo, satisfeito comigo mesmo.
Nada me impede, entretanto, de buscar consolo no abraço certo de velhos amigos. Último domingo, por exemplo, enquanto o cantor e compositor Henrique Teles participava de uma live solidária promovida pelo coletivo Ensaio Secreto, eu ouvi a discografia inteira da banda Maria Scombona. As cervejas poucas acabaram, a música não.
A Maria teve as asas cortadas em pleno vôo. ‘Un Nu’ é o ponto alto na discografia da banda. Embora conserve certa coerência, preservando alguns elementos fundamentais, a discografia aqui em questão registra formações e escolhas diferentes. Com a voz de Henrique desenterrada por obra e graça da correta acentuação das palavras, no entanto, a banda reafirma o apreço pela composição enquanto valor fundamental.
Não nos referimos a qualquer banda. Falamos das linhas de guitarra de Saulo Ferreira, mais o groove de Robson Souza (baixo) e Rafael Jr (bateria). Se a trinca de Ás da nossa música instrumental dobrou os joelhos para reverenciar os sopapos da inspiração, melhor imitar o gesto, calado.
O desprendimento deu muito certo. A Maria nunca se apresentou tão confortável e caceteira. Uma banda despida de artifícios, com competência e cara dura para gravar o disco inteiro num tapa, sem os excessos dos overdubs, amparada exclusivamente pelos calos dos músicos e pela naturalidade expressa no sotaque de um compositor à vontade para soltar o verbo como bem entender.

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE