Um ano difícil
Publicado em 05 de dezembro de 2020
Por Jornal Do Dia
2020 foi um ano difícil. Não bastasse uma crise econômica persistente, velha conhecida dos brasileiros, o coronavírus varreu o mundo, obrigando a maioria das lojas a fechar as portas por meses a fio. Se, em outros tempos, os festejos natalinos eram aguardados com grande expectativa pelos comerciantes, agora as tradicionais vendas de fim de ano podem determinar a sobrevivência do negócio. As pessoas gostam de presentear. O Papai Noel é a última esperança dos lojistas sergipanos.
A última cartada já foi dada. O horário de funcionamento do centro comercial de Aracaju foi ampliado até o dia 24 de dezembro. A informação é da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL). Polícia Militar e Guarda Municipal de Aracaju devem incrementar o patrulhamento na região, a fim de garantir a segurança dos consumidores.
As festas de fim de ano são a redenção do comércio. Não bastasse o apelo simbólico das datas celebradas em dezembro, natal e ano novo, há também o volume previsível de muito dinheiro no bolso dos trabalhadores. Em Sergipe, pelo menos R$ 1 bilhão costuma ser injetado na economia com o pagamento do 13º salário.
Convém mencionar, no entanto: Uma ceia de mesa farta ainda não será realidade para todos, como é desejável. Basta lembrar que o fim do auxílio emergencial distribuído pelo governo federal, com o objetivo de evitar a recessão, deve jogar muita gente na rua da amargura. Com o desemprego nas alturas, o consumo deve cair, deprimindo a economia ainda mais, a curto e médio prazo. Há esperança de um fim de ano um pouco mais próspero. Mas breve.