Uma aposta no Forró Caju 2025

Não tenho bola de cristal. Tivesse de jogar as minhas fichas na programação do Forró Caju 2025, contudo, apostaria tudo, sem medo de errar: Novidade nenhuma.

Tem sido assim, ano após ano, décadas a fio. Desde quando o São João perdeu a alegria própria de uma festa popular, mudado em grande evento, o palco erguido na praça dos mercados municipais recebe sempre os mesmos artistas, mediante o pagamento de cachês milionários.  Para estes, o Forró Caju vale ouro!

Não se trata aqui de gente com a sensibilidade coberta com a poeira da melhor tradição forrozeira. Mas de performers em figurino de látex e Safadões. Aqui e ali, cantores alçados a breve estrelato pelo umbigo suado do povão entoam arrochas sem nenhuma devoção aos santos de junho. Sanfoneiros de verdade, cabras bons como Mestrinho e Cobra Verde, são exceção à regra.

Cartas na mesa, está feita a minha aposta. Mais tarde, quando a prefeita Emília Corrêa anunciar a programação oficial do Forró Caju 2025, como quem inventasse de novo a roda, o leitor pode me cobrar.