Vacina salva
Publicado em 11 de junho de 2021
Por Jornal Do Dia
A Secretaria de Comunicação do governo federal des tinou apenas 6,2% dos recursos empregados para difundir o chamado "tratamento precoce", com medicamentos sem eficácia contra a covid, à campanha de vacinação. O resultado é percebido nas ruas: Entre a falta de informação e a oferta insuficiente de vacinas, a imunização avança a passos de tartaruga.
Em Sergipe, onde a campanha caminha mais ou menos a contento, em comparação com a média nacional, as suspeitas criminosas lançadas sobre as consequências da vacinação parecem ter fincado raízes. Na capital, por exemplo, cerca de cinco mil pessoas tomaram a primeira dose da vacina e depois sumiram do mapa. Mas a imunização só está garantida após a aplicação da segunda dose, em intervalo estipulado pelo fabricante.
Não à toa, chegou-se ao absurdo de cidadãos leigos manifestarem preferência por esta ou aquela vacina, um ou outro laboratório. Convém frisar, no entanto, que todas as vacinas aplicadas nos brasileiros foram antes autorizadas pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, após a realização dos testes devidos. Sendo assim, o receio da população só pode ser explicado pela campanha de desinformação promovida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em tempo de trevas, reafirmar a verdade pura e simples adquire um caráter solidário e civilizatório. Ao contrário do que disse Bolsonaro, ontem, em uma igreja evangélica no município de Anápolis (GO), as vacinas distribuídas em território brasileiro já foram aprovadas pela Anvisa, não estão em "estado experimental", como afirmou o presidente. Por ora, só a vacina salva. Infelizmente, ainda há quem dê ouvidos e faça coro à pregação negacionista do maior mentiroso do Brasil.