Variante de Manaus está em 11 cidades sergipanas
Publicado em 02 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia
A Secretaria de Esta do da Saúde (SES) divulgou nesta quinta-feira novos detalhes sobre a circulação da variante P1, conhecida como "Variante de Manaus", em Sergipe. As 53 amostras testadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontaram a presença da variante em pelo menos 11 municípios sergipanos: Aracaju (30), Barra dos Coqueiros (cinco), Cedro de São João (dois), Laranjeiras (três), Monte Alegre (um), Nossa Senhora do Socorro (um), Boquim (quatro), Itaporanga D’Ajuda (um), Ribeirópolis (três) e Simão Dias (um).
De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde daSES, Marco Aurélio Góes, todos estes casos não têm vínculos com casos importados, mas o número de casos e de municípios que tem a presença da variante de interesse pode ser bem maior, uma vez que a identificação da linhagem se deu por amostragem. "Inicialmente tivemos o isolamento da variante apenas em casos vinculados a pacientes que estiveram em Manaus e neste caso seis amostras deram um resultado positivo para a P1. Na segunda leva, amostras de vários municípios deram positivas, sendo que nenhuma delas tinha vínculo com pessoas que estiveram em Manaus ou outro local da região Norte do país", relatou Marco Aurélio.
Segundo ele, esses fatores indicam que a variante predominante neste momento tem sido a P1, o que pode justificar a alta transmissibilidade e o aumento de casos, da taxa de ocupação hospitalar e de óbitos. Destacou o diretor que, como a variante se transmite facilmente, ela passa a ser dominante no local, causando grande preocupação. "Todas as medidas que possam ser tomadas para evitar a transmissão são fundamentais", considerou.
Para Marco Aurélio, com a identificação da variante brasileira, é essencial que a sociedade entenda que há uma forma do vírus que se transmite de forma mais fácil e que por isso é essencial intensificar todas as ações de prevenção. Ele desaconselha, por exemplo, nesta Semana Santa, que as pessoas frequentem ambientes com muita gente. Entende que os atos religiosos são importantes, mas sugere que nesse momento de pandemia eles sejam feitos à distância, de forma on-line.
"E para quem faz questão de ir à igreja, que respeite todas as normas. Se for ao templo e notar que há uma lotação maior que a indicada, não fique. Faça suas orações em casa", orientou o diretor, chamando a atenção também para os perigos de contágio nas festas clandestinas. Enfatizou que a fiscalização estará ativa para coibir aglomerações. Para ele, reuniões festivas presenciais neste momento são atos criminosos.