Domingo, 26 De Janeiro De 2025
       
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Veneno


Publicado em 28 de maio de 2019
Por Jornal Do Dia


 

Os diversos crimes cometidos pela 
mineradora Vale do Rio Doce 
não possuem precedente, soterraram cidades, poluíram rios e enterraram cidadãos. Apesar disso, homens do próprio governo se apressaram a lembrar os dividendos econômicos gerados pela empresa, em explicação involuntária de como a negligência chegou a tal extremo. Sem a omissão cúmplice do poder público, Mariana e Brumadinho não desapareceriam embaixo de lama.
Algo muito parecido se dá também com o agronegócio. Mais das vezes, o interesse dos grandes produtores rurais se sobrepõe ao que é justo, seguro e ecologicamente responsável. O uso indiscriminado dos defensivos agrícolas, um eufemismo para veneno, pode dar um fim trágico a populações inteiras.
Esta semana, o Ministério Público em Sergipe resolveu chamar o feito à ordem e abrigou uma reunião com o objetivo de discutir a instalação e um laboratório capaz de identificar resíduos de agrotóxicos em alimentos, no solo e na água potável. A intenção é controlar o uso dos referidos produtos químicos.
Antes tarde do que nunca. O uso de agrotóxicos atende a premissas de ordem exclusivamente econômicas, desconsiderando os danos ao meio ambiente e a saúde da população. O mal alcança diferentes grupos populacionais e trabalhadores em diversos ramos de atividades, moradores do entorno de fábricas e fazendas, além de todos os consumidores de alimentos contaminados. É triste, mas tais impactos, subordinados ao modelo de desenvolvimento desde sempre adotado pelo Brasil, voltado para a exportação de bens primários, ainda vai arrastar muita gente inocente pra baixo da terra.

Os diversos crimes cometidos pela  mineradora Vale do Rio Doce  não possuem precedente, soterraram cidades, poluíram rios e enterraram cidadãos. Apesar disso, homens do próprio governo se apressaram a lembrar os dividendos econômicos gerados pela empresa, em explicação involuntária de como a negligência chegou a tal extremo. Sem a omissão cúmplice do poder público, Mariana e Brumadinho não desapareceriam embaixo de lama.
Algo muito parecido se dá também com o agronegócio. Mais das vezes, o interesse dos grandes produtores rurais se sobrepõe ao que é justo, seguro e ecologicamente responsável. O uso indiscriminado dos defensivos agrícolas, um eufemismo para veneno, pode dar um fim trágico a populações inteiras.
Esta semana, o Ministério Público em Sergipe resolveu chamar o feito à ordem e abrigou uma reunião com o objetivo de discutir a instalação e um laboratório capaz de identificar resíduos de agrotóxicos em alimentos, no solo e na água potável. A intenção é controlar o uso dos referidos produtos químicos.
Antes tarde do que nunca. O uso de agrotóxicos atende a premissas de ordem exclusivamente econômicas, desconsiderando os danos ao meio ambiente e a saúde da população. O mal alcança diferentes grupos populacionais e trabalhadores em diversos ramos de atividades, moradores do entorno de fábricas e fazendas, além de todos os consumidores de alimentos contaminados. É triste, mas tais impactos, subordinados ao modelo de desenvolvimento desde sempre adotado pelo Brasil, voltado para a exportação de bens primários, ainda vai arrastar muita gente inocente pra baixo da terra.

 

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