TRABALHADORES RECLAMAM DA FALTA DE CARTEIRA ASSINADA E CORTES DE BENEFÍCIOS(Redes sociais)
Vereadora denuncia problemas com empresas de Limpeza em Aracaju
Publicado em 16 de abril de 2025
Por Jornal Do Dia Se
A vereadora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna, durante o grande expediente, na Câmara Municipal de Aracaju, para denunciar problemas dos trabalhadores das empresas que prestam o serviço de coleta de lixo na capital. A parlamentar vem recebendo diversas mensagens desses trabalhadores e trabalhadoras e, nesta terça-feira, eles amanheceram na porta da empresa Renova, realizando uma paralisação.
Os trabalhadores da Renova Ambiental denunciam que estão trabalhando até nove da noite sem receber hora extra, sem bater ponto e sem carteira assinada. Estes informam que já fizeram reclamações para empresa, e que os responsáveis informaram que fariam os depósitos das horas extras, o que ainda não foi feito. Denunciaram também que o tíquete alimentação está sendo pago pela metade, com atraso. Além disso, eles estão sendo ameaçados de demissão quando reclamam.
“Todas as pessoas que foram contratadas logo na primeira semana, que reclamaram de não estarem recebendo o vale transporte, foram demitidas. Vejam as condições, e a falta de respeito com esses trabalhadores, que estão debaixo de sol e chuva recolhendo todo o lixo da nossa cidade, olhe a falta de condições. Eles estão há dois meses já sem carteira assinada, se tiver um acidente, como vai ficar a vida desse trabalhador. Não recebe o tíquete alimentação dentro do prazo. E quando vai reclamar, solicitando o cumprimento das obrigações, ouve que, se não tiver gostando, que dê o lugar para outro”, disse a parlamentar.
Sonia Meire destacou ainda que irá protocolar um projeto de lei que exige que a empresa, quando não cumprir suas responsabilidades trabalhistas, que ela receba multa pelo não cumprimento. “É preciso apertar cada vez mais, porque a escalada de precarização do trabalho, de desorganização, do que vem acontecendo com contratos com recurso público é algo inaceitável. Estamos em uma luta nacional pela diminuição da carga horária de trabalho, não podemos continuar financiando o aprofundamento da crise e o adoecimento físico e mental desses trabalhadores”.