Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Vereadores discutem eleições do Conselho Tutelar


Publicado em 11 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia


Depois de longa discussão, vereadores apoiaram a prorrogação dos mandatos nos conselhos

Durante Tribuna Livre realizada ontem na Câmara Municipal de Aracaju, que debateu as eleições para o Conselho Tutelar, que chegaram a ser realizada em 14 de julho passado, mas cancelada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) devido a atrasos, confusão e denúncias de compras de votos, diversos parlamentares mostraram-se contrário à realização de um novo pleito.
Para o vereador Dr. Agnaldo (PR), é preciso cuidado ao abordar o tema para que o discurso não se torne vazio. "Vamos entrar em uma eleição caríssima para eleger um mandato tampão por um ano e pouco. Não devemos relegar ao ócio o principio da economicidade", frisou. O parlamentar lembra que, depois de eleito, os conselheiros deverão passar por um longo processo de capacitação, o que vai diminuir consideravelmente o tempo do mandato. "Por isso defendo que os atuais possam continuar para que o trabalho desenvolvido não seja interrompido", completou.  
Opinião compartilhada pela vereadora Lucimara Passos (PCdoB). "Me somo e entendo que não dá para dispensarmos a experiência acumulada por conselheiros que foram eleitos pela comunidade. Quando se existe uma legislação que amplia o mandato para quatro anos é porque reconhece a necessidade de mais tempo. Me coloco favorável a manutenção do mandato por entender que essa é a melhor forma", garantiu.
O vereador Renilson Félix (DEM) também acredita ser desnecessário um novo processo eleitoral. "Isso é politicagem e temos que tomar cuidado com isso. Acompanhei a eleição e constatei que pessoas votaram e saíram com duas cédulas nas mãos porque não se tinha controle. Peço que a bancada analise com calma essa ideia para que possamos garantir o princípio da economicidade", pediu.
Para o vereador Emmanuel Nascimento (PT), é preciso agir dentro do que determina a Lei. "O que peço é que veja a legalidade do ato. O Poder Executivo tem que nos dar o caminho da legalidade para que não aconteça de votarmos aqui e a Justiça anular", destacou. Já o vereador Valdir Santos (PTdoB) afirmou ser necessário que se tenha capacitação antes do cidadão virar conselheiro. "Ele deve estar apto para entender tudo o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)", frisou.
O vereador Max Prejuízo (PSB) lamentou o cancelamento do último pleito e defendeu que se faça uma nova eleição. "Foi convocada eleição e tivemos o registro de pessoas que desejavam disputar o processo eleitoral. Além disso, candidatos fizeram investimento para mostrar para a população porque queriam ser conselheiros e, por isso, não dá para ficar brincando com coisa séria. Se era para não ter eleição, por que deixaram que fosse realizada e cancelada já no final? O que foi feito no processo, é brincar com a vida das pessoas", desabafou.
"Todos nós temos que ter oportunidade. Essas pessoas que querem participar são jovens e que têm experiência e possuem a declaração de trabalho na área com crianças. Acho que está na hora do Executivo decidir. Sou a favor da realização da eleição", assegurou o vereador Dr.Gonzaga (PMDB).
Para a vereadora Emília Corrêa (DEM) é preciso que o Executivo Municipal se posicione para que garanta uma segurança jurídica. "O Poder Municipal tem que enviar um Projeto de Lei determinando que se prorrogue o mandato ou que se faça a eleição", afirmou.

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