Domingo, 19 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Zero à esquerda


Publicado em 14 de outubro de 2021
Por Jornal Do Dia


 

Fora de contexto, um número pode impressionar. Muitas 
vezes, no entanto, tem o mesmo valor de um zero à 
esquerda. Tome-se o número absoluto de brasileiros imunizados contra a covid-19 por exemplo. Até agora, cem milhões de cidadãos completaram o ciclo vacinal, com duas doses da vacina ou dose única, no caso do imunizante fabricado pelo laboratório Janssen. A marca impressiona. Mas representa menos da metade da população, percentual muito aquém das exigências sanitárias definidas pela Ciência.
No quadro internacional, o Brasil ocupa apenas a 62ª posição no ranking de países na vacinação contra a covid-19. Os governistas de plantão costumam sacar o número absoluto de doses aplicadas, ranking no qual o País ocupa a quarta posição mundial, a fim de dourar a pílula. Mas não adianta tapar o sol com uma peneira. Sem a grande maioria da população imunizada, com perdão da redundância, o vírus seguirá ceifando vidas.
Enquanto séquito de puxa sacos do presidente Bolsonaro briga com a realidade, a pandemia avança. Meses atrás, justamente quando o número de óbitos causados pela covid alcançou o marco de 400 mil mortos, o ministro Marcelo Queiroga levantou a voz para defender o suposto sucesso do Plano Nacional de Imunização. "O Brasil é o quinto país que mais distribui doses de vacinas", sublinhou, antes de reclamar dos dados concretos colhidos junto às secretarias estaduais de saúde pela imprensa, acusada de disseminar o terror.Ele não disse, contudo, que a tal altura, apenas 10% da população já tinha sido vacinada.
Foi justamente por brigar o tempo inteiro com os dados fornecidos por instituições reconhecidamente sérias como a imprensa, em favor do mais declarado negacionismo, que o Brasil se transformou numa espécie de bioma ideal para a multiplicação do Covid e o surgimento de novas variantes do vírus. A divulgação de informação é aliada da Ciência. Mas o governo prefere lavar as mãos e fechar os olhos, feito um agente do caos.

Fora de contexto, um número pode impressionar. Muitas  vezes, no entanto, tem o mesmo valor de um zero à  esquerda. Tome-se o número absoluto de brasileiros imunizados contra a covid-19 por exemplo. Até agora, cem milhões de cidadãos completaram o ciclo vacinal, com duas doses da vacina ou dose única, no caso do imunizante fabricado pelo laboratório Janssen. A marca impressiona. Mas representa menos da metade da população, percentual muito aquém das exigências sanitárias definidas pela Ciência.
No quadro internacional, o Brasil ocupa apenas a 62ª posição no ranking de países na vacinação contra a covid-19. Os governistas de plantão costumam sacar o número absoluto de doses aplicadas, ranking no qual o País ocupa a quarta posição mundial, a fim de dourar a pílula. Mas não adianta tapar o sol com uma peneira. Sem a grande maioria da população imunizada, com perdão da redundância, o vírus seguirá ceifando vidas.
Enquanto séquito de puxa sacos do presidente Bolsonaro briga com a realidade, a pandemia avança. Meses atrás, justamente quando o número de óbitos causados pela covid alcançou o marco de 400 mil mortos, o ministro Marcelo Queiroga levantou a voz para defender o suposto sucesso do Plano Nacional de Imunização. "O Brasil é o quinto país que mais distribui doses de vacinas", sublinhou, antes de reclamar dos dados concretos colhidos junto às secretarias estaduais de saúde pela imprensa, acusada de disseminar o terror.Ele não disse, contudo, que a tal altura, apenas 10% da população já tinha sido vacinada.
Foi justamente por brigar o tempo inteiro com os dados fornecidos por instituições reconhecidamente sérias como a imprensa, em favor do mais declarado negacionismo, que o Brasil se transformou numa espécie de bioma ideal para a multiplicação do Covid e o surgimento de novas variantes do vírus. A divulgação de informação é aliada da Ciência. Mas o governo prefere lavar as mãos e fechar os olhos, feito um agente do caos.

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade