Zero a zero

Quando resolveu disputar o governo de Sergipe,  em 2018, o governador Belivaldo Chagas prome teu criar oportunidades de trabalho a dar com o pau. O desemprego já maltratava, então, os trabalhadores sergipanos há muitos anos. E, tudo indica, ao fim do seu mandato, a despeito de todas as promessas, continuará maltratando.
Segundo levantamento da Universidade Federal de Sergipe, o crescimento da arrecadação estadual no primeiro semestre não redundou na criação de vagas no mercado formal de trabalho. 
Os cinco primeiros meses de 2021 apresentaram maior arrecadação de ICMS, em relação aos mesmos meses no ano anterior, liderando a arrecadação no estado, com aumentos reais de 23% e 46%, respectivamente. A taxa de emprego que é bom, no entanto, continuou na mesma.
A diferença entre novas admissões e desligamentos no mercado formal de trabalho não aponta a recuperação desejável. Foram 36.200 admissões diante de 36.336 desligamentos ao longo dos cinco primeiros meses do ano. Ou seja: o placar terminou em 0 X 0.
Há três anos, quando Belivaldo Chagas prometeu colocar a roda da economia local para girar de uma vez por todas, após um período muito prolongado de estagnação, ninguém poderia imaginar que uma pandemia mudaria o rumo do mundo inteiro. Mas, ao contrário da Covid, a trajetória política do governador não tem nada de circunstancial. Belivaldo é presença destacada no primeiro escalão do governo de Sergipe desde 2006, quando foi eleito vice-governador na chapa encabeçada pelo saudoso Marcelo Déda. Sabe, portanto, melhor do que ninguém, há quanto tempo o desemprego é presença indesejável na mesa de nossa gente.