17 anos de notícias
Publicado em 29 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
EDITORIAL
Tão certo quanto o sol nascer, o Jornal do Dia amanhece nas bancas de revistas há 17 anos. As bancas, cada vez mais raras, enfrentam os efeitos perversos das novas ferramentas de comunicação – um desafio conhecido de perto pelos jornais impressos.
Os jornais podem mudar de forma, ajustar o próprio conteúdo à natureza das plataformas digitais, atualizar a linguagem, adaptar-se aos meios mais adequados para alcançar o leitor. A matéria prima com que trabalha, no entanto, será sempre a mesma: A notícia.
Notícia é artigo fundamental no mercado de ideias que abastece a Democracia. Boas notícias, contudo, estão em falta. A pandemia de Covid-19 não arrefece, apesar do avanço da vacinação, mundo afora. As novas variantes do vírus ameaçam o retorno à normalidade. O contágio desenfreado, aliás, é matéria intimamente relacionada ao papel desempenhado pela imprensa – periódicos incluídos. A infestação de fake news que toma as redes sociais é agente multiplicador de tudo o quanto não presta.
Os jornais estão de pé. Como toda empresa, o Jornal do Dia enfrenta as adversidades derivadas de um cenário econômico incerto. Com a inflação descontrolada e o dólar nas alturas, não há o mínimo de previsibilidade em relação ao futuro. A retração do consumo, associada ao aumento da informalidade e o desemprego massivo, deprime as projeções de crescimento. O contexto exige a mudança de rumo.
Os jornais circulam livremente, apesar de tudo. E, assim, engrossam o último fio de esperança a sustentar alguma fé no amanhã. Contra todas as ameaças à liberdade de imprensa, contra o revés ora imposto ao livre exercício do jornalismo, o cidadão ainda tem o devido acesso a informação de qualidade, opinião embasada, dados confiáveis, o esclarecimento de especialistas em diversos campos do conhecimento. A notícia é publicada por todos os meios. Ao cidadão, resta se dispor a saber.