Agentes da Guarda Municipal fazem novo protesto

Milton Alves Júnior

Pela segunda vez em menos de uma semana, e o terceiro somente neste mês, agentes da Guarda Municipal de Aracaju se mobilizaram em frente ao Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos para protestar contra o que a categoria chama de ‘falta de interesse’ por parte de Edvaldo Nogueira em se reunir com representantes da classe trabalhadora. Conforme lamentações apresentadas pelo Sindicato dos Guardas Municipais (Sigma), existe um desrespeito administrativo junto ao plano de carreira, progressões e promoções atrasadas, ticket alimentação, terço de férias e titulações pendentes. Desde janeiro do ano passado a categoria segue pleiteando audiência com o chefe do executivo municipal.

Sobre a permanência do impasse, Éder Rodrigues, atual presidente sindical, alega que o não recebimento de representantes da categoria, bem como os constantes atrasos no vale alimentação, por exemplo, tem contribuído para que as mobilizações sejam promovidas com frequência. Até o próximo dia 31 de janeiro a perspectiva é que outros três atos públicos sejam realizados nas intermediações da sede administrativa. "Desde que assumiu o cargo estamos pedindo uma reunião com o prefeito e isso não ocorre. Essa é uma clara e evidente demonstração não apenas de desrespeito com o interesse dos servidores, como também uma falta de interesse em se discutir assuntos que resultam na desvalorização da guarda".

Em contraponto o secretário municipal de Defesa Social e Cidadania (Semdec), coronel Luís Fernando Almeida, informou que o problema referente ao ticket alimentação será solucionado ainda esta semana. A promoções dos servidores segue dependendo do aumento da arrecadação; e que o problema do terço de férias ocorre em virtude de ações irregulares ocorridas na administração anterior, mas que será regularizado ainda este ano. Apesar das respostas, a direção do Sindicato dos Guardas Municipais garante que as manifestações seguem sem alterações na programação, e pode resultar em greve geral e por tempo indeterminado caso o prefeito não convide a categoria para discutir os assuntos.

"Nesse primeiro momento estão participando dos atos todos aqueles trabalhadores que estão de folga. Essa é uma forma de manter o ato firme e sem prejudicar a população. Sabemos da atenção de alguns gestores ligados a Edvaldo, mas sabemos que quem possui o poder de determinar o fim desses problemas é o prefeito. Sendo assim, se não houver reunião até o final deste mês iremos nos reunir em assembleia geral e discutir a possibilidade de greve", pontuou Éder Rodrigues.